Estudantes populares presentes na manifestação que aconteceu no dia seguinte a chacina do Jacarezinho em maio de 2021. Foto: Banco de Dados AND.
No dia 11 de fevereiro, a Liga da Juventude Revolucionária (LJR) realizou uma brigada de distribuição do Jornal A Nova Democracia na favela do Jacarezinho, um dia após a violenta rebelião popular ocorrida no mesmo local.
A brigada ocorreu no final da tarde, e os ativistas distribuíram cerca de 100 exemplares de edições antigas de AND, além de exemplares de outros jornais democráticos, como o Jornal Estudantes do Povo. Os brigadistas, em suas conversas com a população, denunciaram a farsa do programa “Cidade Integrada”, responsável pela presença policial ostensiva naquela favela, levando a inúmeros abusos, violações e assassinatos contra o povo. Os ativistas encontraram nas massas uma concordância unânime em relação à denúncia dessa operação, além de uma concordância unânime também com o fato de que as eleições não representam qualquer potencial de mudança da realidade das massas faveladas.
Conforme noticiado por AND, o povo do Jacarezinho, no dia anterior, se levantou em revolta contra o assassinato do jovem José Carlos Sordeiro Lourenço, morto desarmado em frente a sua mãe. A população local se enfureceu e foi até a avenida Dom Helder Câmara, uma das principais avenidas no entorno da favela, levantou barricadas em chamas e enfrentou até veículos blindados da Polícia Militar (PM), com paus, pedras, rojões e bombinhas.
Os ativistas da LJR se colocaram em defesa da rebelião das massas, afirmando à população que a sua revolta era justa e que a única forma de exigir do Estado seus direitos é se colocando em luta combativa, se organizando cada vez mais por uma grande Revolução.
A receptividade positiva das massas em relação ao jornal A Nova Democracia é mais uma expressão da necessidade de elevar ainda mais a propaganda da imprensa popular e democrática nos locais onde estão as massas mais profundas, já que é a única imprensa que defende o direito do povo de se rebelar, denuncia contundentemente a violência policial, a farsa eleitoral e defende a Revolução de Nova Democracia como único caminho para a solução das mazelas as quais o povo está submetido.