Estudantes da UFF protestam contra a presença do governador assassino na universidade, 15/08. Foto: Gabriel de Paiva/O Globo
Na noite do último dia 14 de agosto, o governador genocida Wilson Witzel teve seu discurso interrompido por manifestantes durante a realização de um evento no Solar do Jambeiro, no bairro do Ingá, em Niterói, Região Metropolitana do Rio. A fala de Witzel foi pausada por alguns instantes aos gritos de “assassino!”.
A manifestação contou com a participação de dezenas de moradores da comunidade da Grota, no bairro São Francisco, onde, no dia 12/08, o adolescente Dyogo Coutinho, de 16 anos, foi morto durante uma operação policial.
Em tom de desprezo, o governador disse que “a manifestação é um direito, mas nós não vamos parar… Quem estiver segurando um fuzil será abatido”. Dyogo e outros cinco jovens tiveram as vidas ceifadas nos últimos dias em operações policiais, nenhum deles estava “segurando um fuzil”.
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Indo além, Witzel voltou a chamar os traficantes de terroristas, quando, em plena luz do dia, são seus aparatos policiais que vêm promovendo verdadeiros atos de terrorismo nas favelas e bairros pobres da capital fluminense e Região Metropolitana.
Recentemente, AND denunciou a morte do jovem Gabriel Pereira Alves, de 18 anos, atingido durante uma operação da PM próxima ao Morro do Borel, na Tijuca, enquanto esperava o ônibus que o levaria para o colégio, em 12/08. No dia seguinte, a jovem Margareth Teixeira da Costa, de 17 anos, foi morta durante uma operação na comunidade 48, em Bangu, Zona Oeste do Rio. Ela era filha caçula de nove irmãs.
Governador genocida teve seu discurso interrompido por manifestantes em Niterói, 14/08. Foto: Raoni Alves/G1
Wilson Witzel, mesmo diante da manifestação em Niterói, elogiou a ação da Polícia Militar afirmando que ela está “agido com profissionalismo”. Para um bom entendedor meia palavra basta: a polícia está cumprindo sua missão, que é reprimir e assassinar a pobreza, principalmente jovens e negros.
Protesto na UFF
Já no dia 15 de agosto, Witzel foi “recebido” com protestos por estudantes da Universidade Federal Fluminense (UFF), também em Niterói, onde o governador realizou seu exame de qualificação de pós-graduação. Enquanto Witzel realizava o exame, estudantes protestaram em frente ao prédio da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis, no campus do Valonguinho.
A banca de qualificação do genocida estava prevista para ser realizada no campus do Gragoatá, no Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, mas a defesa de Witzel mudou o local para tentar driblar as manifestações. A PM entrou no local para fazer a segurança do governador e os estudantes denunciaram a presença de policiais militares num espaço federal.
Na manifestação, os estudantes da UFF gritaram palavras de ordem como “Tem que parar de matar aluno!”. Militantes do Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR) levantaram uma faixa escrita Witzel assassino e terrorista!.