RJ: Moradores protestam em Saracuruna

RJ: Moradores protestam em Saracuruna

Uma manifestação de moradores de Saracuruna, no munícipio de Duque de Caxias (RJ) resultou em um ônibus incendiado na manhã de hoje (01/03), em repúdio ao assassinato de um morador que teve seu corpo deixado na rua da comunidade sem remoção por mais de dois dias.

O protesto, que aconteceu na rua Conde de Irajá e bloqueou a via por cerca de uma hora, ocorreu a menos de 7 Km da Comunidade Santa Lúcia, onde há sete dias um morador foi assassinado, uma criança de sete anos e um jovem de 18 anos foram feridos, durante uma operação policial. Nesta ocasião os moradores também protestaram e pelo menos dois ônibus foram incendiados pela revolta popular.

Conforme noticiado nas páginas de AND, a guerra contra o povo tem como seu principal executor as forças de repressão dirigidas pelo velho Estado a serviço das classes dominantes, que, quando não agem abertamente, se utilizam de grupos paramilitares para incrementar a guerra civil reacionária.

Este fato é comprovado pelos dados, ainda que subestimados, levantados por institutos e organizações que investigam o assunto, como o relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, repercutido na edição de AND nº 200. Segundo este estudo, as ações das polícias Militar e Civil vitimaram 21.897 pessoas entre 2009 e 2016 em todo país, números que resultam em uma impressionante marca de um brasileiro assassinato a cada três horas e 12 minutos pelas forças policiais.

Os dados revelam ainda que os policiais assassinaram 965% pessoas mais do que morreram, isso tomando como referência somente o ano de 2016.

A pesquisa também não deixa dúvida sobre o caráter de classe deste genocídio promovido pelas forças policiais, dirigido contra as classes populares, em sua grande maioria jovens, negros e pobres: 99,3% das vítimas são homens, 81,8% tem idades entre 12 e 29 anos e 76,2% são negros.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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