No dia 14 de setembro, marcado pelo início da imposição do ensino remoto aos estudantes na Universidade Federal Fluminense (UFF), a chamada “volta às aulas”, o movimento estudantil mostrou o seu repúdio a precarização e privatização do Ensino através de uma Manifestação na Reitoria da Universidade no campus da cidade de Niterói.
O processo de sucateamento, precarização e privatização que é imposto nas universidades perpassa os diversos governos de turno, e entendendo hoje, o chamado Ensino remoto como parte dessa política vende pátria, entreguista, serviçal do imperialismo, o movimento estudantil não pode cessar a luta mesmo em nos momentos mais atípicos.
Foi denunciado neste ato o Ensino Remoto como uma Laboratório da aplicação do Ensino a Distância (EaD) nas Universidade Públicas, como parte de uma política privatista, há tempos conhecida pelos estudantes e trabalhadores das universidades.
Foi denunciado também o tamanho descaso que têm a Universidade Federal Fluminense com a questão da assistência estudantil, onde muitos estudantes nesse momento dependem das bolsas e auxílios para sobreviver. A UFF atrasou a entrega de diversos auxílios aos estudantes, sendo que impõe a obrigatoriedade do Ensino para os mesmos, sem lhes dar quaisquer condições. E mesmo que o fosse, ignora totalmente o fato de que muitos vivem com suas famílias e não possuem a infraestrutura adequada para estudo.
Ao contrário do que muitos pensam, muitos estudantes e trabalhadores da UFF são parte do povo brasileiro. Povo este que vive nas favelas, que tem a vida de seus parentes ceifadas pela falta de saneamento básico e a pandemia do covid, que vive sofrendo com o terror do desemprego.
Só restou então uma ação que pudessem fazer, que foi a de repudiar a imposição da volta às aulas por meio digital. Os estudantes e trabalhadores entendem que só a luta combativa através dos protestos, da organização em CAS e DAS, da solidariedade a todos que sofrem com as consequências dessa crise econômica é a saída nesse momento.
Estudantes combativos fazem ato contra o Ensino remoto e a precarização da educação. Foto: Comitê de Apoio ao AND de Niterói