A escalada de violência e repressão contra o povo pobre (como parte da guerra civil reacionária desencadeada pelas classes dominantes no Brasil) teve novo capítulo na manhã desta terça-feira, 5 de dezembro, no Complexo da Maré, zona norte do Rio.
Os milhares de trabalhadores e trabalhadoras que vivem nas favelas da região amanheceram cercados por uma operação da Polícia Civil, que contou com a participação da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), da Delegacia de Roubos de Furtos de Cargas (DRFC) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). Desta vez, o pretexto utilizado pelos inimigos do povo para impor o terror na Maré foi o cumprimento de “mandados de prisão” e “buscas”. Na favela Nova Holanda, a operação contou com o Batalhão de Ações com Cães (BAC) e, Parque União, com o Batalhão de Choque (BPChq) da PM.
Durante toda a manhã, um helicóptero sobrevoou as residências atirando a esmo nas ruas e vielas. Um agente de repressão da Core chegou a ser atingido por um tiro quando mirava seu fuzil contra a favela. Imagens divulgadas nas “redes sociais” mostram crianças tendo que deitar no chão para não serem atingidas por “balas perdidas”.
Todo o caos promovido pela polícia hoje na Maré, sempre efetuado com o surrado pretexto de “combate ao crime” e ao “tráfico”, na verdade trata-se de nova operação de guerra contra a pobreza na capital fluminense.
Ainda na parte da manhã, a página Maré Vive denunciou em tempo real:
Helicóptero tá cuspindo fogo de novo pessoal!
Muito tiro no Pinheiro. Os blindados tavam parados bem na frente da Clinica da Família.
Muitos tiros na Vila do Pinheiro, Salsa e Merengue e Vila do João. O clima ainda é de muita tensão! Informações de polícia a pé e caveirão ainda na favela.