Operações da Polícia Militar (PM) novamente levaram pânico aos moradores de favelas cariocas. Na manhã do dia 11 de setembro, a Vila Cruzeiro, na zona norte da cidade, foi palco, pelo segundo dia consecutivo, de uma operação de guerra, que teve blindado circulando pela comunidade, helicóptero e muito tiroteio.
Moradores relataram, por meio de redes sociais, que aulas foram suspensas e que a polícia está revistando todas as pessoas e veículos que circulam pela favela. A ação contou com policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Batalhão de Ações com Cães (BAC), Batalhão de Polícia de Choque (BPChq), do Grupamento Aeromóvel e da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP). O pretexto para a nova operação de guerra contra os pobres foi, novamente, a falácia de “combate ao tráfico”.
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No Morro São João, bairro do Engenho Novo, zona norte, moradores fizeram um vídeo que mostra um jovem inocente executado na sala de sua casa, enquanto sua família, desesperada, tenta sem sucesso socorrê-lo. Não há informações divulgadas pela PM sobre a ocasião da morte.
Já na Cidade de Deus, na zona oeste, também na manhã de 11 de setembro, policiais do 18° Batalhão da PM e da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) realizaram uma nova incursão na favela, apenas uma semana depois de o “caveirão” ter destruído casas de moradores na localidade conhecida como Brejo.
Até o momento há relatos de um homem morto pela polícia; enquanto isso, moradores, por meio de redes sociais, pedem o fim das operações e dizem que não aguentam mais tanta violência do velho Estado.
“Caveirão” da PM nas ruas da Vila Cruzeiro. Foto: Reprodução/Redes sociais