Foto ilustrativa
No dia 25 de novembro, a Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) realizou operações simultâneas em diversos locais da capital e da Baixada Fluminense. Em uma delas, no complexo da Maré, zona norte da capital, duas pessoas foram mortas e três presas. A operação durou das 6h até às 17h.
Os dois homens baleados foram levados para o Hospital Federal de Bonsucesso, também na zona norte, mas não resistiram aos ferimentos e vieram a óbito. Um dos mortos, segundo o hospital, é Dennis Britto, parente do Cantor Naldo Benny. Os rapazes foram baleados nas localidades Vila do João e Baixa do Sapateiro, ambas na Maré.
Durante a operação, segundo a Secretária de Saúde, cinco unidades da Clínica da Família foram fechadas por conta do tiroteio. São elas: Clínica da Família Adib Jatene, Clínica da Família Diniz Batista, Clínica da Jeremias Moraes, Centro Municipal de Saúde Vila do João e Centro Municipal de Saúde Augusto Boal.
Já a Secretária Municipal de Educação informou que 25 escolas da região tiveram seus horários afetados também por conta dos tiros. Participaram da operação o Comando de Operações Especiais da Polícia Militar, Batalhão de Ações com Cães (BAC), Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) e o Grupamento Aeromóvel (GAM).
Operações simultâneas continuam
No dia 26 de novembro, a PM de Witzel continuou pelo segundo dia consecutivo com operações simultâneas em favelas. Somente nesta data houveram relatos de policiais no Morro dos Macacos, em Vila Isabel; na comunidade da Primavera, em Cavalcanti; na favela da Mundial, em Honório Gurgel; e na favela Furquim Mendes, em Vigário Geral. Todas elas são localizadas na zona norte.
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Na zona oeste, os policiais fizeram uma operação na Vila Aliança. Na Baixada Fluminense operações foram realizadas no morro da Caixa D’ água, em Queimados, e em São Leopoldo, no município de Belford Roxo.
ISP divulga dados que revela que 2019 é o ano que a polícia mais matou no Estado do Rio de Janeiro
Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), 2019 foi o ano em que a polícia mais matou, desde que começou a contagem em 1998.
Foram 1.546 morte até outubro. Os dados sequer contabilizaram os números de novembro e dezembro, e os assassinatos já são maiores do que todo o ano de 2018, que tinha sido o maior até agora com 1534 mortes.