O prefeito reacionário do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, ordenou que agentes da Secretaria de Conservação (Seconserva), da Secretaria de Ordem Pública (Seop) e da Subprefeitura da Tijuca, destruíssem moradias da favela Metrô-Mangueira com o objetivo de despejar moradores que ali viviam. O crime de deixar pessoas sem ter onde morar, logo durante o pico da Covid-19, foi cometido pela Prefeitura, logo às 6h da manhã, do domingo dia 11 de abril. A comunidade fica localizada no bairro da Tijuca, próximo a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e ao Estádio do Maracanã, na zona norte do Rio.
Durante a operação, dez moradias foram destruídas por uma retroescavadeira. A Coordenadoria Técnica de Operações Especiais (COOPE), informou ainda que voltará para demolir o restante dos prédios. Segundo ela, serão demolidos tanto imóveis de uso residencial como comercial, ação que como se vê, deixará pessoas sem casa e sem emprego.
A questão da demolição de casas na favela, é um desejo antigo da prefeitura. Em 2014, por ocasião da Copa do Mundo Fifa, foram realizadas uma série de remoções para favorecer as empresas e imobiliárias envolvidas no Megaevento. A favela Metrô-Mangueira era uma das primeiras comunidades na lista de destruição e expulsão de moradores, pois fica localizada muito próximo ao estádio do Maracanã, sede de importantes eventos esportivos. Na época, os moradores, tomados pelas intensas rebeliões que varreram o país, fizeram combativos protestos contra as remoções, fato que fez com que o Estado recuasse no seu intuito criminoso.
Retroescavadeira destrói moradias na favela Metrô-Mangueira sob mando do prefeito Eduardo Paes. Foto: Diego Felipe Souza