Centenas de petroleiros de diversas bases administrativas do município do Rio de Janeiro se reuniram em ato-assembleia no Edifício Senado, na última terça-feira (14/1), para protestar contra os retrocessos impostos pela direção da Petrobras. Na ocasião, o estado de greve foi aprovado por unanimidade.
O último ataque contra a categoria foi realizado no dia 9 de janeiro, quando a diretoria decidiu alterar as regras do teletrabalho, de forma unilateral. O regramento do regime de teletrabalho não foi incluído no último Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e, apesar do compromisso assumido pela empresa de não alterar as regras deste regime enquanto o ACT estivesse vigente, a prática mostrou o contrário.
Com a pandemia da Covid-19 iniciada em 2020, o regime laboral para o setor administrativo da Petrobras foi modificado da modalidade presencial para o teletrabalho. Após o fim da pandemia, a diretoria decidiu manter o regime para, no máximo, dois dias presenciais e três dias em teletrabalho. Com a última decisão, o regime passará para, no mínimo, três dias presenciais e dois dias em teletrabalho a partir de abril, além de aplicar o regime completamente presencial para os empregados recém-admitidos na empresa.
Apesar de, historicamente, o setor administrativo não realizar mobilizações frequentes, o aumento dos ataques à categoria tem aumentado as insatisfações que podem dar um salto e escalar para uma greve conjunta dos setores administrativos e operacionais.
As mobilizações continuarão em todas as bases administrativas da Petrobras com o objetivo de unificar a categoria nacionalmente, na luta pela manutenção dos direitos adquiridos.
Centro de Pesquisa também declara estado de greve
Na manhã do dia 15 de janeiro, também foi realizado um ato-assembleia na entrada do Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Petrobras (CENPES), localizado na Ilha do Fundão, também deliberando o estado de greve.