RJ: PM assassina trabalhador e moradores se revoltam no Morro do Urubu

No dia 3 de junho, sábado de manhã, dois moradores do Morro do Urubu, no bairro de Pilares, foram assassinados pela Polícia Militar (PM) em meio a uma operação na comunidade no Rio de Janeiro.

RJ: PM assassina trabalhador e moradores se revoltam no Morro do Urubu

No dia 3 de junho, sábado de manhã, dois moradores do Morro do Urubu, no bairro de Pilares, foram assassinados pela Polícia Militar (PM) em meio a uma operação na comunidade no Rio de Janeiro.

No dia 3 de junho, sábado de manhã, dois moradores do Morro do Urubu, no bairro de Pilares, foram assassinados pela Polícia Militar (PM) em meio a uma operação na comunidade no Rio de Janeiro. Os moradores da favela, revoltados com o crime contra o povo, levantaram barricadas em chamas e bloquearam uma avenida.

Moradores revoltados após assassinato de morador atearam fogo a um ônibus no Morro do Urubu

Douglas Rosa Sales, mototaxista no local, foi um dos moradores assassinados. Em protesto contra os assassinatos covardes, os moradores da comunidade imediatamente incendiaram barricadas nas entradas do morro e bloquearam a avenida João Ribeiro com um ônibus. 

Moradores se revoltam no Morro do Urubu. Foto: Reprodução

Os moradores ainda relatam que Douglas deixa esposa e filha, e que o trabalhador foi assassinado no dia de seu aniversário. Nas redes sociais, um morador da comunidade denunciou o assassinato de Douglas: “É crime ser morador de favela? É crime ser trabalhador? É crime ser negro? Acho que depois de hoje tive a resposta”. Outros exclamaram “Covardes!” sobre o crime contra o povo da PM.

Uma segunda manifestação foi marcada pelos moradores para o dia 06/06.

Operações assassinas diárias são guerra contra o povo

No mesmo dia dos assassinatos no Morro do Urubu, na capital, três moradores da favela Corte 8 foram assassinados pela PM em Duque de Caxias, município da Baixada Fluminense. Revoltados, os moradores da comunidade incendiaram três ônibus. 

Também no dia 03/06, moradores da comunidade Para-Pedro, no Rio de Janeiro, protestaram contra o assassinato pela PM do entregador de pizza Ruan Lemos de Sousa, de 21 anos, e atearam fogo na Estrada do Colégio. O trabalhador foi morto no dia anterior com tiros de fuzil pelas costas por policiais do 41° Batalhão da PM, na Avenida Brasil, na altura do bairro de Irajá, e deixa uma filha de dois anos de idade.

Operações policiais assassinas como essas são impostas diariamente contra as massas de todo o Brasil, e fazem parte da guerra contra o povo frente a impossibilidade do velho Estado de garantir empregos, saúde, moradia, e outros direitos básicos ao povo. Para que não se revoltem contra a ordem social de opressão e exploração vigente, essas massas de trabalhadores são massacradas diariamente, e chacinas nas favelas ocorrem dia sim e outro também.

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