Blindado da PM se prepara para operação de massacre. Foto: Twitter PMERJ
A Polícia Militar (PM) realizou uma operação no dia 13 de outubro, na região de Senador Camará, na favela da Vila Aliança, Rebu e Sapo, localizadas na zona oeste do Rio. A operação da PM começou por volta das 8h com a presença de carros blindados e helicópteros. A operação foi feita após um sargento da PM ter sido morto no dia anterior durante perseguição a “carro suspeito” na avenida Brasil. A operação deixou cinco pessoas mortas.
Durante operações dessa natureza, é sempre escasso o volume de relatos ou informações sobre o desfecho das operações e seus efeitos contra a população. Isso ocorre devido à negligência do monopólio de imprensa e a ocultação de informações por parte das forças de repressão.
Porém, no dia 5 de setembro, vazou a informação de que duas pessoas morreram em operação da Polícia Civil, na mesma favela (Vila Aliança). O idoso Jorge Fernandes, 61 anos, que foi atingido na barriga, e Danilo Alves da Silva, morreram. Eles foram socorrido e levados para o Hospital Albert Schweitzer, mas chegaram sem vida.
Durante a operação que causou mortes e transtornos para os moradores, cinco fuzis, uma pistola e carregadores foram apreendidos. Contudo, no dia 12/03/2019, cerca de 117 fuzis M-16 com códigos adulterados foram achados na casa de Alexandre Mota de Souza, amigo do paramilitar de extrema-direita Ronnie Lessa, indiciado pelo crime de tráfico internacional de armas e principal suspeito da morte da ex-vereadora Marielle Franco. A operação não ocorreu em nenhuma favela, e sim na Barra da Tijuca, num dos condomínios mais caros da cidade, e sem disparar um único tiro. A polícia avaliou o valor total dos fuzis encontrados em R$ 3,5 milhões.