Aparato repressivo do velho Estado levou o terror para os moradores da Maré. Foto: Reprodução / Maré Online
Novamente os moradores do complexo de favelas da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, viveram momentos de tensão no último dia 23 de julho. Uma operação de guerra foi movida por agentes do Comando de Operações Especiais (COE), do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Grupamento Aeromóvel (GAM), concentrando-se no Morro do Timbau, Vila do Pinheirose Baixa do Sapateiro.
Segundo relatos e denúncias de moradores, a ação aconteceu por volta de 13h30, durou cerca de seis horas e deixou várias pessoas feridas. Os policiais, como quem entram em “território inimigo”, destruíram carros, danificaram patrimônios e invadiram várias casas de moradores, que nada têm a ver.
Em outros relatos, moradores denunciaram que duas pessoas foram executadas, sendo que uma delas foi morta a facada por agentes da polícia dentro da casa de um morador.
“É um descaso do governo com os moradores das favelas, não tem hora para entrar atirando e matando quem estiver pela frente. O termo ‘bala perdida’ ficou no passado, agora as balas são encontradas nos corpos dos inocentes”, protestou um morador em uma página de uma rede social.
Também por conta dos confrontos e tiros, o atendimento na clínica da família Adib Jatene, na Vila do Pinheiro, ficou comprometido, prejudicando centenas de pessoas que precisavam de cuidados na saúde.