Moradores acusam a PM durante protesto. Foto: Reprodução/Facebook
Policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro do Vidigal, localizada na Zona Sul do Rio, são acusados de matar um gari comunitário, dentro da própria comunidade, na localidade do 314, na noite de 22 de março. Moradores afirmam que os tiros que atingiram Willian de Mendonça Santos, de 42 anos, partiram dos policiais. A população protestou logo após a sua morte.
Em publicação oficial, os agentes militares informaram que durante o ocorrido estava sendo efetuado uma operação na comunidade e Willian foi encontrado baleado. Porém, moradores afirmam em entrevista ao monopólio de imprensa que o gari foi baleado mesmo avisando que era morador da comunidade e que estava em busca do seu filho.
“Ele tem um filho doente e não encontrou o filho em casa. Saiu com a roupa de gari, porque nem a roupa de gari ele trocou, desceu as escadas falando que era morador, que ia buscar o filho e mesmo assim os policiais atiraram nele”, garante um morador em entrevista ao portal G1.
Willian foi socorrido, deu entrada no Hospital Miguel Couto, no bairro da Gávea, Zona Sul do Rio, porém não resistiu aos ferimentos.
Em busca de justiça, moradores e um grupo de garis comunitários uniformizados fecharam a Avenida Niemeyer, no mesmo dia, por mais de três horas, ateando fogo na principal via de acesso à comunidade.
Willian trabalhava e morava na comunidade, deixa três filhos, sendo o mais novo de 13 anos. Era tido por amigos, parentes e moradores do bairro como uma pessoa querida, prestativa e alegre.
Foto: Reprodução/Facebook