RJ: População segue sofrendo com falta d’água há duas semanas do início do verão

Os moradores do Rio e Baixada Fluminense seguem sofrendo com o contínuo racionamento d’água. O caso ficou escancarado com a demora no reabastecimento de água após a obra anual no Sistema do Rio Guandu, promovida pela concessionária privada Águas do Rio no dia 26/11. Os cidadãos, contudo, estão há mais de um ano convivendo com a escassez. 
Foto: Reprodução

RJ: População segue sofrendo com falta d’água há duas semanas do início do verão

Os moradores do Rio e Baixada Fluminense seguem sofrendo com o contínuo racionamento d’água. O caso ficou escancarado com a demora no reabastecimento de água após a obra anual no Sistema do Rio Guandu, promovida pela concessionária privada Águas do Rio no dia 26/11. Os cidadãos, contudo, estão há mais de um ano convivendo com a escassez. 

Nesta terça-feira (10/12), moradores da região central da capital fluminense receberam uma notícia nada surpreendente. Devido à um vazamento d’água na Avenida Francisco Bicalho, as águas do Morro do Pinto, Morro da Providência, Pedra Lisa e São Diogo, e outras localidades da Zona Portuária tiveram o seu abastecimento cortado pela Águas do Rio. Semana Passada, por sua vez, um vazamento na Avenida Rodrigues Alves, mesma onde está localizada a sede da concessionária, também afetando a vida da população local. 

Segundo Carol Alves, moradora da Providência e coordenadora do coletivo Elas por Elas providência, o final de semana foi novamente sem água: “Aqui chega bem pouquinho e acaba rápido. Nem roupa estamos conseguindo lavar”. Apesar da constância, nenhum movimento foi feito pela Águas do Rio ou pelo Estado do Rio de Janeiro para a chegada de Caminhões Pipa.

No Morro da Conceição, também na região central, moradores e comerciantes convivem com o mesmo problema. Segundo relatos enviados à correspondência de AND, o abastecimento d’água foi cortado na última sexta-feira (06/12), com algumas residências sendo abastecidas no domingo. As casas mais afetadas são as localizadas ao redor da Praça Major Valô.

Os relatos apresentados à correspondência de AND indicam que os comércios da Rua Acre, localizada abaixo do morro, e na Ladeira João Homem, na subida, vêm sido afetados pela falta de abastecimento. 

Defensoria pública promete vista grossa

A concessionária Águas do Rio e a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPERJ) participaram de uma audiência pública na última segunda-feira (09/12). Na ocasião, ambas concordaram na realização de uma perícia judicial para verificar se as obras foram completadas e o abastecimento “normalizado”.  

Caso a Águas do Rio comprove a normalização dos serviços, a DPERJ prometeu que iria retirar o processo que exige a indenização da população. Contudo, os problemas de abastecimento, embora tenham-se agravado após as últimas obras, são sentidos pela população da capital e baixada fluminense há mais de um ano, sendo constantemente respondido com manifestações. 

Novas mobilizações

Uma nova manifestação está marcada para a próxima terça-feira, 17 de dezembro, às 10 horas da manhã, em frente à nova ALERJ, Rua da Ajuda, 5. Na chamada do ato, assinada pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Saneamento Básico e Meio Ambiente no Rio de Janeiro e Região (SINTSAMA-RJ), afirma-se que a privatização da água foi um fracasso, com as empresas privadas fazendo o que querem e o governo se calando.

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