RJ: Professores combatem criminalização e mantêm greve

Professores decidem manter greve. Foto: Gustavo Sixel

RJ: Professores combatem criminalização e mantêm greve

No dia 21 de junho, professores da rede estadual decidiram pela manutenção da greve, em voga há mais de um mês. A decisão, tomada em uma assembleia massiva na quadra da Grêmio Recreativo Escola de Samba São Clemente, no bairro Cidade Nova, confrontou a criminalização imposta pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que decretou a greve ilegal no dia anterior.

Além da criminalização propriamente dita, a decisão judical fixou uma multa no valor de R$ 500 mil por dia ao Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) e R$ 5 mil por dia aos diretores do sindicato em caso de descumprimento, exigindo o retorno imediato às aulas. Apesar desta grave decisão do desembargador Ricardo Rodrigues Cardoso, a categoria não se intimidou e votou unanimemente pelo prosseguimento da greve.

Com cartazes que liam Ilegal é o meu salário!, levantados durante toda a assembleia, os professores, ao final, seguiram em manifestação até a Candelária, bloqueando a principal via do centro carioca, a Av. Presidente Vargas. Durante o protesto, foram entoadas palavras de ordem como Ô Claudio Castro, seu caloteiro, o pior salário é do Rio de Janeiro! e Que contradição, tem dinheiro pra chacina, mas não tem pra educação!, denunciando também as operações policiais assassinas perpetradas pela PM de Cláudio Castro.

Assembleia saiu em manifestação até Candelária. Foto: Foto: Banco de dados/AND

A categoria está há 35 dias em greve e tem como principais exigências o pagamento do Piso Nacional do Magistério aos professores, o não desconto do salário pelos dias de greve, abono das faltas por greve desde 2016, a revogação imediata do Novo Ensino Médio e a revogação do decreto nº 48.521/2023, que descumpre os Planos de Cargos e Salários (PCCS) da educação.

O Comitê de Apoio ao AND – RJ esteve presente na assembleia e na manifestação, vendendo dezenas de exemplares da edição nº 252 de AND e prestando apoio aos profissionais da educação em luta.


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