Profissionais da saúde e usuários fazem protesto em defesa da saúde pública. Foto: Banco de Dados AND.
Profissionais da Saúde e usuários fizeram um protesto no dia 11 de fevereiro em frente a clínica da família Ernesto Zeferino Tibau Jr, em São Cristóvão. Os manifestantes exigiram melhores condições de trabalho, reajuste e equiparação salarial, melhor infraestrutura e um sistema de saúde público, gratuito e de qualidade. Participaram do ato o Movimento Classista em Defesa da Saúde do Povo (Moclaspo) e o Movimento dos Usuários da Saúde de São Cristóvão (Musc).
No protesto, cerca de uma dezena de manifestantes exibiram faixas e cartazes em defesa da saúde pública e exigindo que as suas demandas fossem atendidas pela prefeitura do Rio. Os trabalhadores questionaram o fato de que os profissionais que atuam nos bairros de São Cristóvão, Benfica, Caju, Estácio e Mangueira recebem menos do que seus colegas que trabalham em outros bairros.
Usuária posa com cartaz do Musc. Foto: Banco de Dados AND.
Em uma das falas, um integrante do Movimento Classista em Defesa da Saúde do Povo (Moclaspo), disse que é preciso a participação de toda comunidade na luta em defesa da saúde pública: “Viemos enfrentar a chuva e o descaso do governo, vamos trazer o bairro inteiro, tragam seus vizinhos, vamos fazer o pessoal do morro descer, Tuiuti, Barreira do Vasco e Mangueira. Não vamos permitir que esses bairros sejam tratados como de ‘segunda categoria’”.
Em São Cristóvão, moradores protestam contra o sucateamento das clínicas da família do bairro. Foto: Banco de Dados AND.
Com a ajuda de um megafone, os trabalhadores exigiram o fim das filas de espera no Sistema Único de Saúde (SUS), a reforma e ampliação das recepções das unidades, que mais remédios sejam distribuídos pelas farmácias das clínicas e demais melhorias.
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Os profissionais de saúde alegam que durante todos esse ano de pandemia atuaram na linha de frente de combate ao coronavírus, fazendo horas extras, trabalhando feriados e fins de semanas e etc, porém mesmo assim não estão sendo valorizados pelo governo. Os trabalhadores denunciam que o prefeito, Eduardo Paes, faz da saúde um comércio e busca trocar saúde por voto. Uma das faixas dizia: Prefeito a saúde das famílias de São Cristóvão não pode valer menos!
O protesto aconteceu em frente a clínica da família Ernesto Zeferino Tibau Jr, próxima a Feira de Tradições Nordestinas. Foto: Banco de Dados AND.
Um dos usuários da clínica da família presentes no protesto, destacou em entrevista ao AND que estava no ato mesmo sentido dores, pois considera que somente com a luta dos próprios moradores serão capazes de alcançar uma saúde de melhor qualidade.
— Eu sou dependente da clínica da família, eu estou na rua com febre e com o pé inchado e estou na rua lutando pela minha saúde. É importante demais lutarmos juntos pela saúde. Destacou o usuário.
Durante o protesto, os manifestantes gritaram palavras de ordem como : A nossa luta é todo dia, porque saúde não é mercadoria! O SUS é meu, é seu também, vem pra rua vem!
Manifestantes exibem faixa para motoristas que passavam pelo ato. Foto: Banco de Dados AND.