Yago Mesquita Delfino, de 25 anos, foi morto no dia 29/06 em Anchieta, na zona norte do Rio, enquanto se dirigia para comprar cigarro, por volta das 23h. A mãe de Yago, que teve a identidade preservada, acusa os policiais de terem executado o rapaz.
O jovem foi atingido por um disparo durante um tiroteio e tentava se abrigar perto de uma lixeira quando um policial militar se aproximou e perguntou onde estava “a arma”.
“Meu filho negou que estivesse armado. O policial atirou mais duas vezes. Sei que uma das balas atingiu o ombro dele de cima para baixo. É uma revolta muito grande, a polícia chegou e fez um cerco. Meu filho, além de baleado, também foi agredido”.
A mãe disse que ao chegar à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ricardo de Albuquerque, para onde Yago foi levado, soube que ele havia dado entrada na emergência como um “homem não identificado”. Ela disse que o rapaz estava sem documentos, relógio, celular e roupas.
“Deixaram ele como um João Ninguém”, lamentou a mãe bastante revoltada com a covardia que o filho foi submetido.
Na 27ª Delegacia de Polícia (Vicente de Carvalho), a mulher encontrou a identidade do filho, que teria sido levada por um militar envolvido na covarde ação: “Como ele deu entrada como um homem não identificado no hospital se estavam com a identidade dele? Não tem explicação para isso”, questionou.
Yago trabalhou com carteira assinada até novembro do ano passado e atualmente procurava empregos e fazia obras; ele era casado e não tinha filhos. As roupas do rapaz foram localizadas, mas, de acordo com a mãe, o relógio e o celular continuam desaparecidos.
“Nós fizemos um rastreamento do GPS do telefone quando fomos no local onde tudo aconteceu. O celular estava lá. Mas não conseguimos descobrir com quem”, afirmou a mulher.
Foto: Banco de Dados AND