O Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação – Macaé (Sepe – Macaé) deflagrou uma greve de 24 horas para o dia 30 de novembro. A greve foi deflagrada contra o sucateamento da educação pública municipal, negligenciada pela prefeitura. A mobilização e as denúncias lançadas pelos professores contrasta com toda a propaganda eleitoral vista nas ruas, já tomadas com outdoors e obras de fachada dos futuros concorrentes da próxima edição da farsa eleitoral no município.
Histórico de luta
Os profissionais da educação de Macaé têm lutado por melhores condições de trabalho desde o primeiro trimestre de 2023. No mês de abril, a mobilização atingiu grande intensidade, com a realização de uma manifestação por semana, com centenas de pessoas em cada. A crescente seguiu até junho, quando manifestações ocorreram em três dias consecutivos (13/06, 14/06 e 15/06) e contaram com mais de 2 mil pessoas em cada dia, em sua maioria trabalhadores da educação. Somaram-se a eles parte da massa trabalhadora e estudantes secundaristas, que deram apoio à luta.
Nos três dias de manifestação em junho, os manifestantes protestaram em frente a prefeitura para exigir as pautas da mobilização. A greve ocorreu apesar da tentativa de criminalização da prefeitura, que publicou uma decisão da justiça que suspendia a greve e aplicava descontos aos servidores e uma multa diária de R$ 100 mil ao Sepe. A ameaça do reacionário prefeito Welberth Rezende ao justo direito de greve foi, no entanto, frustrada. A tal liminar não desencorajou os servidores em luta e nem desestimulou a presença em massa dos trabalhadores e terminou sendo revogada no segundo dia de greve.
A solicitação de audiência do prefeito com o SEPE só foi atendida aproximadamente um mês após a greve, no dia 12 de julho. Nessa audiência ficou acordado o abono dos três dias de greve e foi solicitado pela administração municipal um período de 60 dias para estudo e envio de proposta sobre as perdas salariais, atualização do PCCV e também atendimento das demandas dos Auxiliares de Serviços Gerais (ASGs), Auxiliares de Serviços Escolares (ASEs) e porteiros.
No entanto, a proposta e reunião prometida ao fim dos 60 dias nunca aconteceu e o prefeito Welberth novamente passou a ignorar a mobilização dos servidores após ter colocado panos quentes na situação com falsas promessas e demagogia barata. Há pouco menos de um mês, no dia 01 de novembro, uma outra greve de 24h foi promovida.