RJ: Servidores da Educação convocam greve de 24h em Macaé

Servidores da Educação de Macaé deflagraram uma greve de 24 horas para o dia 30 de novembro.
Servidores da Educação tomam as ruas em Macaé. Foto: Reprodução/Redes sociais

RJ: Servidores da Educação convocam greve de 24h em Macaé

Servidores da Educação de Macaé deflagraram uma greve de 24 horas para o dia 30 de novembro.

O Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação – Macaé (Sepe – Macaé) deflagrou uma greve de 24 horas para o dia 30 de novembro. A greve foi deflagrada contra o sucateamento da educação pública municipal, negligenciada pela prefeitura. A mobilização e as denúncias lançadas pelos professores contrasta com toda a propaganda eleitoral vista nas ruas, já tomadas com outdoors e obras de fachada dos futuros concorrentes da próxima edição da farsa eleitoral no município.

Greve foi convocada para o dia 30 de novembro. Foto: Reprodução

Histórico de luta 

Os profissionais da educação de Macaé têm lutado por melhores condições de trabalho desde o primeiro trimestre de 2023. No mês de abril, a mobilização atingiu grande intensidade, com a realização de uma manifestação por semana, com centenas de pessoas em cada. A crescente seguiu até junho, quando manifestações ocorreram em três dias consecutivos (13/06, 14/06 e 15/06) e contaram com mais de 2 mil pessoas em cada dia, em sua maioria trabalhadores da educação. Somaram-se a eles parte da massa trabalhadora e estudantes secundaristas, que deram apoio à luta.

Nos três dias de manifestação em junho, os manifestantes protestaram em frente a prefeitura para exigir as pautas da mobilização. A greve ocorreu apesar da tentativa de criminalização da prefeitura, que publicou uma decisão da justiça que suspendia a greve e aplicava descontos aos servidores e uma multa diária de R$ 100 mil ao Sepe. A ameaça do reacionário prefeito Welberth Rezende ao justo direito de greve foi, no entanto, frustrada. A tal liminar não desencorajou os servidores em luta e nem desestimulou a presença em massa dos trabalhadores e terminou sendo revogada no segundo dia de greve.

A solicitação de audiência do prefeito com o SEPE só foi atendida aproximadamente um mês após a greve, no dia 12 de julho. Nessa audiência ficou acordado o abono dos três dias de greve e foi solicitado pela administração municipal um período de 60 dias para estudo e envio de proposta sobre as perdas salariais, atualização do PCCV e também atendimento das demandas dos Auxiliares de Serviços Gerais (ASGs), Auxiliares de Serviços Escolares (ASEs) e porteiros.

No entanto, a proposta e reunião prometida ao fim dos 60 dias nunca aconteceu e o prefeito Welberth novamente passou a ignorar a mobilização dos servidores após ter colocado panos quentes na situação com falsas promessas e demagogia barata. Há pouco menos de um mês, no dia 01 de novembro, uma outra greve de 24h foi promovida. 

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