Os servidores da rede municipal do Rio de Janeiro realizaram hoje (12) uma grande manifestação em meio a paralisação de 24 horas conta o chamado “Pacote de Maldades” de Eduardo Paes. O pacote é formato pelo Projeto de Lei Complementar n°186/2024 (PLC 286) e a PL 2584/2023 que fragmenta as férias, precariza a licença especial e eleva as horas de trabalho dos servidores, além do prolongamento dos contratos temporários, inviabilizando a realização de novos concursos.
O ato teve início por volta das 13 horas com uma tenda montada pelas Assistentes Sociais, onde denunciavam o mais recente ataque aos servidores municipais. A assistência social e seus trabalhadores vem há anos denunciando a constante precarização da profissão de seus locais de trabalho, como os CRAS e CREAS.
Segundo Alice, assistente social da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS): “Tudo isso começou quando o prefeito Eduardo Paes caçou a incorporação de todos os servidores, inclusive os aposentados, fazendo com que os salários fossem retirados dos contracheques dos servidores. Tivemos uma primeira mobilização e a partir daí só ataques vieram.
Ele apresentou na Câmara a PLC186 que refaz o estatuto do servidor. Esse estatuto traz a cassação de diversos direitos como a licença especial, o estágio probatório das gestantes, fragmentação das férias, mudança de atribuição dos cargos através de concurso e tudo mais.”
Aos poucos a praça da Cinelândia era tomada pelos professores chegavam de sua assembleia, que acabara de votar pelo início da greve no dia 25 de novembro. Segurando cartazes que denunciaram a precarização.
Em entrevista para o Correspondente local de AND, um professor afirmou “Essa luta é muito importante! A educação já é muito precarizada, os professores são muito precarizados e eles querem encher a gente de mais trabalho, nos impondo uma demanda muito maior e desproporcional, sem um salário adequado. A gente não trabalha nas condições ideais. Isso aqui é uma maldade! É mais um escárnio com o servidor num geral e pra educação que é o futuro do país. A gente ta aqui na luta como ta todo dia, dando aula de 7 e meia até 5 horas da tarde. Isso que o Eduardo Paes quer fazer é uma vergonha!”
A Polícia Militar, como vem sido de praxe em qualquer manifestação popular, enviou um grande aparato para se posicionar em frente à Câmara Municipal e nos arredores da praça. Sem se intimidar, servidores e apoiadores elevaram sua mobilização erguendo cartazes em denúncia aos cortes de verbas.
Professores em Greve
Às 09 horas da manhã, os professores do Rio de Janeiro realizaram uma grande assembleia na quadra da Estácio. Entoando palavras de ordem como “Ô, educação parou” e “Uh, é greve”, mais de 2000 servidores municipais da educação aprovam greve em assembleia a partir de 25/11 como resposta ao chamado pacote de maldades da PEC 186, apresentada pelo reacionário prefeito Eduardo Paes.
Ao fim da assembleia, os professores marcharam até a prefeitura, na Cidade Nova, sem qualquer intimidação com o aparato policial que foi montado. Após a marcha, os professores se dirigiram à Cinelândia para incorporar o ato unificado dos servidores.
Liga Anti-imperialista (LAI)
Durante assembleia houve panfletagem e apresentação da Liga Anti-Imperialista (LAI) para os trabalhadores, sendo esta vista com entusiasmo pelos servidores que concordaram com a necessidade de aglutinar as forças anti-imperialistas, celebrando a heroica Resistência Nacional Palestina.
Brigada de vendas
O jornal A Nova Democracia foi saudado pelos trabalhadores pela presença constante nas assembleias e manifestações. A edição 257 foi vendida para cerca de 100 trabalhadores presentes.