RJ: Servidores municipais e estaduais fazem paralisação e protesto no centro do Rio

RJ: Servidores municipais e estaduais fazem paralisação e protesto no centro do Rio

Servidores municipais e estaduais protestam em frente a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. Foto: Banco de Dados AND

Cerca de 200 servidores do município e do estado do Rio de Janeiro fazem um protesto, neste dia 5 de outubro, em frente à Câmara Municipal, na praça da Cinelândia, no centro do Rio. A manifestação rechaça as reformas fiscais elaboradas pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD).

Mesmo debaixo de chuva, os trabalhadores se reúnem em frente ao prédio e prometem seguir em vigília até a não aprovação do projeto de lei (PL) 04/2021, ou como os servidores chamam “pacotão de maldades” de Paes. Os trabalhadores do serviço público municipal e estadual também fizeram uma paralisação de 24h para participarem do ato.

O protesto acontece no mesmo dia em que os vereadores votam a PL 04/2021. O projeto visa extinguir direitos dos servidores, como  triênios, progressões por tempo de serviço, além de aumentar o tempo de serviço para aposentadoria de diversos segmentos do funcionalismo, inclusive dos profissionais de educação.

A PL 04/2021 do prefeito reacionário ataca também os salários, licenças, concursos públicos, corta os investimentos públicos e implementa um teto de gastos que inviabiliza o funcionamento de escolas, hospitais e outros serviços essenciais.

Os ataques aos trabalhadores promovidos por Eduardo Paes fazem parte do pacote de cortes exigido pelo governo federal para que os estados e municípios entrem no programa de reforma fiscal da União, que visa ajustar a dívida pública de estados e municípios.

O Sindicato estadual dos profissionais de Educação do Estado do Rio de Janeiro (Sepe), uma das entidades que compõem o ato, disse em nota: “Ao longo dos últimos anos, o servidor público municipal tem pagado com o seu próprio bolso, sob a forma de congelamento dos reajustes salariais ou de aumento da contribuição previdenciária pela incompetência e malversação das finanças por parte de sucessivos governos. Agora, o prefeito Eduardo Paes quer dar um golpe final no funcionalismo, atacando nossos direitos e jogando a conta da crise fiscal municipal novamente nas nossas costas. Não vamos tolerar mais este ataque!”, afirma o sindicato.

Nem a chuva impediu que os trabalhadores protestassem contra o “Pacote de Maldades” de Eduardo Paes. Foto: Banco de Dados AND

Faixa levada contra a PL 04/2021 levada pelos trabalhadores da educação. Foto: Banco de Dados AND

Trabalhadora da Educação levou cartazes expressando seu repúdio ao corte de direitos desejado por Eduardo Paes. Foto: Banco de Dados AND

Trabalhadora da Educação levou cartazes expressando seu repúdio ao corte de direitos desejado por Eduardo Paes. Foto: Banco de Dados AND

 

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