Servidores protestam contra reforma da Previdência municipal, no Rio de Janeiro. Foto: Reprodução
Servidores do município do Rio de Janeiro protestaram no dia 18 de março contra o pacote de austeridade enviado à Câmara dos vereadores da cidade, pelo prefeito Eduardo Paes (DEM), com medidas que visam uma reforma da Previdência municipal. O ato ocorreu em frente a prefeitura do Rio, no centro da cidade.
Os manifestantes, entre eles muitos das áreas da saúde e da educação, levaram cartazes e gritaram palavras de ordem contra o corte de direitos trabalhistas e previdenciários. Os trabalhadores levaram cruzes pretas de papelão para denunciar o caos social provocado pelo descaso dos governos federal, estadual e municipal, durante a pandemia de Covid-19, no país.
De acordo com o projeto, os servidores terão que passar de 11% para 14%, a porcentagem do salário que vai ser descontada para o fundo previdenciário do município. Outra alteração na lei será a idade de aposentadoria para os novos servidores, que passará a ser de 62 anos para as mulheres e 65 para homens.
Os servidores argumentam que estas novas medidas não são necessárias, uma vez que já há um congelamento das progressões de carreiras do funcionalismo público, em triênios e quinquênios.
Para o diretor jurídico do Sindicato dos Servidores da Prefeitura, Frederico Sanches, a categoria não foi ouvida durante a elaboração do projeto. “Mais uma vez quer arrochar e taxar os servidores. Tudo na sua vida pública ele culpa o servidor (…) Nenhuma posição foi dada aos servidores e ao sindicato. Faremos de tudo para impedir esse arrocho salarial, porque é uma vergonha”, disse o diretor.