RJ: Trabalhadores da reciclagem fazem protesto no centro do Rio contra perseguição promovida por Cláudio Castro; assista ao vídeo

RJ: Trabalhadores da reciclagem fazem protesto no centro do Rio contra perseguição promovida por Cláudio Castro; assista ao vídeo

Trabalhadores da reciclagem se reúnem no Centro do Rio em protesto contra a perseguição promovida pelo governador Cláudio Castro. Foto: Banco de Dados AND

Donos de ferro velho e catadores fizeram uma manifestação no dia 14 de setembro, no Buraco do Lume, na zona Central da capital carioca. Os trabalhadores exigem a revogação da lei criada pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), que obriga os catadores e donos de ferro velho a apresentarem nota fiscal do lixo que recolhem. Segundo os trabalhadores, a lei é absurda pois obriga os catadores a pagar um imposto sobre um produto que já foi tributado.

Durante o protesto, os trabalhadores exigiram o direito de trabalhar e relataram que estão com os estabelecimentos fechados há uma semana, pois estão enfrentando dificuldades em cumprir a absurda “lei”. Ainda segundo as denúncias dos trabalhadores, muitos dos catadores não têm sequer documentos de identificação, quiçá nota fiscal de produtos que encontram no lixo.

Os catadores disseram ainda que sem trabalhar não conseguem sustentar suas famílias e que o dinheiro que ganham com reciclagem é a forma que encontraram de conseguir sobreviver. Eles também contaram que se não fosse o trabalho deles, a cidade do Rio estaria com muito mais lixo acumulado nas ruas, portanto querem ter seu trabalho valorizado.

Os trabalhadores cobraram o fim da perseguição promovida por Castro, que montou uma Força-Tarefa composta pelas polícias Civil e Militar para irem até os ferros velhos a fim de “fiscalizar” os produtos presentes nos locais. Em denúncia ao AND, os trabalhadores denunciaram que esses policiais já chegam aos ferros velhos tratando os trabalhadores como bandidos e levando mercadorias que não apresentam qualquer tipo de ilegalidade.

Cláudio Castro cedeu à pressão de empresas como a Supervia, que administra os trens urbanos, e a Light, concessionária de energia. As empresas que são conhecidas pelos cariocas por cobrarem um alto preço e oferecerem um péssimo serviço, exigiram que o governador reprimisse mais ainda os trabalhadores, acusando estes pelo sumiço de fios trilhos com cobre.

Contudo os catadores desmentem as afirmações. Os trabalhadores declararam que são as próprias empresas que retiram os itens quando já desgastados vendem e depois alegam roubo para cobrar ressarcimento do Estado e aumentar seus lucros.

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