A cidade do Rio de Janeiro tem apresentado temperaturas elevadas desde meados de dezembro, batendo recordes de 41 a 42 º graus e chegando a apresentar sensação térmica de 54,5º graus na última semana. Porém moradores do bairro de São Cristóvão estão tendo que enfrentar o calor da cidade sem água nas suas residências.
O Comitê de Apoio ao AND foi informado por moradores da rua Sinimbu, localizada no bairro de São Cristóvão, norte do Rio de Janeiro que a região tem sofrido com constantes interrupções no fornecimento de água.
Segundo os moradores, nos meses de dezembro e janeiro não houve regularidade no abastecimento, o que os obrigava a esperar a chegada da água para poder abastecer as caixas d’água. E neste último mês o problema só piorou.
Para os moradores, a situação está se tornando cada dia mais insustentável, pois mesmo sem água na torneira são obrigados a pagar a conta que chega sem falta todo mês. As contas de janeiro e fevereiro foram de até R$ 200 e, em dezembro, a Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae) chegou a cobrar mais de R$ 300 de alguns moradores.
Dona Betânia, moradora do bairro há 11 anos, conta que isso é recorrente. “Acho uma falta de respeito, porque não podemos deixar de pagar fatura, mas água não tem.”, protesta.
De acordo com a moradora, já foi feito abaixo-assinado e manifestação, mas a CEDAE não toma nenhuma providência e as contas, mesmo assim, continuam chegando. “Não somos assistidos por ninguém. Isso é um grande descaso com a sociedade. Estamos no abandono total.”, denuncia.
Betânia ainda diz que para garantir as atividades diárias é necessário fazer malabarismos. “Economizamos água ao máximo quando conseguimos encher a caixa d’água. Ou vamos para casa de parentes tomar banho ou lavar as roupas.”, conta Betânia ao AND.
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