RJ: Vídeo mostra PM atirando e agredindo pessoas no enterro de jovem morto no Para-Pedro

RJ: Vídeo mostra PM atirando e agredindo pessoas no enterro de jovem morto no Para-Pedro

Foto: Reprodução

Um vídeo que circula em redes sociais mostra um policial militar disparando tiro de fuzil e chutando pessoas que participavam do sepultamento do jovem moto-taxista Kelvin Gomes Cavalcanti, assassinado durante uma operação da PM no dia 10 de outubro quando esperava para cortar o cabelo, na comunidade Para-Pedro, zona norte do Rio.

No dia 11 de outubro, o jovem de 17 anos foi enterrado no cemitério de Irajá, também na zona norte. Centenas de pessoas compareceram ao velório, entre eles, familiares, amigos e moradores da comunidade. Todos afirmam que o tiro que matou o rapaz partiu da Polícia Militar. Por conta disso, várias palavras de ordem exigindo justiça e denunciando os crimes da PM foram entoadas durante o cortejo fúnebre.

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Os moradores, revoltados pelo assassinato de mais um jovem nas favelas do Rio, fizeram uma manifestação em frente ao cemitério, ocasião em que o PM, visivelmente exaltado, efetuou o disparo e a agressão.

Diante de mais este crime flagrante, a Polícia Militar informou apenas que o agente foi afastado e passará por avaliação psicológica, numa clara postura conivente com esta ilegalidade.

Durante o enterro, a mãe do jovem, Isabel Gomes, afirmou: “Meu filho não merecia, mas essa é a ordem do governador, entrar e matar sem perguntar quem é”, denunciou.

Outro jovem também foi baleado, Lucas Souza, que estava na barbearia. Ele era amigo de Kelvin e tem 19 anos. O rapaz está internado e seu estado é estável. Ele levou um tiro no peito e no braço. A bala atravessou seu corpo e, segundo afirmou sua mãe, Claudia Elizabeth Amaral, essa foi a sorte do rapaz.

O tio de Lucas, Valdemir Menezes, concedeu uma entrevista à imprensa com a camisa do sobrinho ensanguentada em suas mãos e denunciou: “Como é que pode uma pessoa sair para cortar o cabelo e, de repente, ser alvejada por dois tiros? Esse tiro poderia ser para a morte, nós estamos cansados disso. Não aguentamos mais”, protestou.

 Kelvin Gomes e Lucas Souza 

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