No dia 27 de abril, o comerciante Roberto Pereira da Silva Pandolfi, de 34 anos, foi assassinado por bando armado sob ordens do latifúndio por volta das 9 horas da manhã em Vila Jirau, na região de Nova Mutum-Paraná, norte de Rondônia.
Trabalhador e apoiador da luta camponesa é assassinado a mando do latifúndio. Foto: Resistência Camponesa
Roberto trabalhava carregando um veículo com materiais de seu comércio, uma pequena loja de materiais de construção, quando o assassino o executou com vários tiros na frente de sua esposa, os tiros atingiram a cabeça e o torax do trabalhador.
De acordo com nota publicada pela Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia e Amazônia Ocidental (LCP), latifundiários ladrões de terra da União já estavam usando seus porta-vozes há vários dias para justificar os assassinatos que já cometeram e outros que estão planejando cometer.
A LCP se solidariza com a família de Roberto, a esposa e uma filha, e afirma: “Esses assassinos covardes acham que vão conseguir parar a luta pela terra com o terror dos assassinatos, mas estão enganados. Nenhuma forma de terror mata a fome dos necessitados, muito pelo contrário. O terror que estão fazendo vai aumentar a fúria dos camponeses na busca por justiça”.
Roberto e sua família. Foto: Resistência Camponesa
Cresce número de camponeses e apoiadores da luta pela assassinados a mando do latifúndio em Nova Mutum-Paraná
Conforme também noticiado pelo AND, no dia 15 de abril, um camponês da área Tiago dos Santos chamado Jerlei foi assassinado por pistoleiros a mando do latifúndio na linha 29 em frente a fazenda do Zezin Marafaia, em Nova Mutum-Paraná, Rondônia.
A região tem sido palco de intensos conflitos agrários. Camponeses em 2020 formaram ocupações em terras não-produtivas e fundaram acampamentos, como o Acamapamento Tiago dos Santos, onde deu-se início um novo capitulo da nova sanha do latifúndio na região que promove em conluio com velho Estado uma série de perseguições e assassinatos aos camponeses e apoiadores da luta pela terra, diante da grandiosa resistência das famílias acampadas.
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