O indígena Ari Uru-eu-wau-wau foi covardemente assassinado, no dia 18 de abril, em Tarilândia, distrito de Jaru, no estado de Rondônia. Ari fazia parte do grupo de vigilância que faz a segurança da aldeia contra invasões de grileiros e madeireiros. O corpo do indígena foi encontrado perto da estrada de acesso à aldeia com golpes que resultaram em traumatismo craniano, segundo laudo do Instituto Médico Legal de Ariquemes para onde o corpo foi levado.
Esse crime evidencia a situação de guerra contra os povos indígenas desde o ano passado na região Norte do Brasil. A terra que moram os Uru-eu-wau-wau foi alvo de diversas ações ilegais de garimpeiros e madeireiros desde o ano passado com a conivência da Fundação Nacional do Índio (Funai) e dos demais órgãos que deveriam proteger os povos indígenas.
O relatório de conflitos agrários da Comissão Pastoral da Terra de 2019, divulgado em abril, demonstrou que o estado de Rondônia, assim como boa parte da região amazônica, registraram aumentos na violência contra camponeses, quilombolas e indígenas. Nota-se que grande parte dos ataques contra os povos do campo tiveram apoio e incentivo das hordas bolsonaristas, conivência dos generais e das Forças Armadas e nenhuma investigação dos órgãos estaduais de segurança.
Foto: Gabriel Uchida/Kanindé