Mais uma vez as velhas e novas raposas da política eleitoreira de Porto Velho levantaram-se em aparente disputa pela prefeitura da capital. Todos prometendo mundos e fundos, utilizam-se de todos os aparatos para apoderar-se das gordas tetas do Estado, desde a realização de obras públicas como forma de traficar com as necessidades do povo até a contratação de “formiguinhas”, aproveitando-se da carestia e do desemprego que atingem os trabalhadores, colocando crianças e adolescentes para trabalhar sob as barbas da “sagrada” Justiça Eleitoral.
O povo, contudo, mostra-se cada vez mais cansado e desiludido com esse estado de coisas, expressando sua insatisfação ao não comparecer às urnas, votar em branco ou anular o voto. Em Porto Velho, capital rondoniense, a população mais uma vez externou sua insatisfação: 112.235 (30,98%) dos aptos a votar não compareceram, anularam ou votaram em branco. Esses números não incluem ainda a grande massa de jovens que não tiram seus títulos ou aqueles que estão com título suspenso ou cancelado.
Com isso, apesar do segundo turno a ser disputado em Porto Velho, pode-se dizer que o boicote foi quem venceu já no primeiro turno, pois superou os votos de todos os candidatos. Superou-se também o oportunismo dos candidatos da esquerda eleitoreira das coligações PSOL-REDE e PDT-PT-PCdoB-PV, que somados não chegam a 10% dos votos. O candidato do PDT, inclusive, declarou apoio, no segundo turno, a Mariana Carvalho (UNIÃO), que realizou, durante a farsa eleitoral, comício com a presença de Jair Bolsonaro e é declarada apoiadora deste.
Espera-se que, no segundo turno, o rechaço às urnas seja ainda maior, pois os dois candidatos representam os mesmos grupos e famílias, todos “farinha do mesmo saco”, e ainda têm histórico de votações contra o povo. Fica evidente, portanto, que é tarefa dos democratas levantar consequentemente a bandeira do boicote eleitoral, da luta popular independente e combativa, denunciando as novas e velhas raposas da política eleitoreira, bem como toda a podridão do Velho Estado.
