As famílias do Acampamento Enilson Ribeiro retomaram as terras da fazenda Bom Futuro, no município de Seringueiras, Rondônia, no dia 30 de abril.
Os camponeses, organizados pela Liga dos Camponeses Pobres (LCP) de Rondônia e Amazônia Ocidental, haviam sido expulsos do latifúndio em 26 de agosto de 2016 após resistirem durante semanas ao cerco militar covarde das forças policiais em conluio com pistoleiros a soldo de latifundiários locais.
Na tarde de 1º de maio, o Comandante Geral e o subcomandante da PM de São Miguel do Guaporé, mais um representante do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de Pimenta Bueno estiveram no Acampamento Enilson Ribeiro e ameaçaram os camponeses.
O representante do Incra afirmou que ingressaria com uma ação de reintegração de posse contra as famílias. Já os policiais militares ameaçaram os camponeses de prisão se não saíssem das terras tomadas do latifúndio.
Segundo denúncias dos camponeses, a fazenda Bom Futuro, com cerca de 11.500 hectares, foi formada a partir de grilagem de terras públicas realizada pelo latifundiário e médico reformado do Exército, Augusto Nascimento Tulha.