Desde que surgiu a Frente em Defesa da Saúde do Povo (FDSP), em maio deste ano, seu objetivo foi impulsionar a formação de Comitês Sanitários em bairros da periferia de Porto Velho. Um conjunto de ativistas de organizações estudantis, movimento docente e do movimento popular passaram a atuar no levantamento, preparação e execução de ações que visam impulsionar as ações de solidariedade de classe e de organização nos locais em que atuam.

Os meses passaram e diversos ativistas se incorporaram aos Comitês. Atuando em mais de um bairro, a juventude combatente tem seguido a rotina de: 1) período de arrecadar materiais e produtos para produção de máscaras e sabão, além da arrecadação de alimentos; 2) período de preparação em mutirões de produção; 3) estudo e planejamento dos locais onde atuar; 4) execução de ações indo ao encontro das massas para distribuição de materiais produzidos, panfletos, jornal A Nova Democracia e debate sobre os problemas da realidade concreta das massas; 5) avaliar o resultado das ações.

Estas ações já possibilitaram a distribuição de centenas de máscaras de tecido, panfletos que conclamam a necessidade das massas de se organizarem e exercerem a solidariedade de classe e de buscarem, juntas, as alternativas necessárias para a sua sobrevivência. A organização dos Comitês Sanitários possibilitou, ainda, forjar no cotidiano dos ativistas, o espírito de vida simples e trabalho duro, fomentando laços de companheirismo e elevando seu nível de consciência sobre a necessidade de ruptura desta velha ordem burguesa.

Além da mobilização nos bairros e nas filas de trabalhadores nas agências bancárias, os ativistas dos Comitês Sanitários também enviaram máscaras e sabão para os camponeses, como os do acampamento Manoel Ribeiro, como forma de fortalecer o trabalho de prevenção contra a Covid-19 em áreas onde se desenvolve a Revolução Agrária dirigida pela Liga dos Camponeses Pobres (LCP).