UM ESPECTRO RONDA PORTO VELHO: COMEMORAÇÃO AOS 200 ANOS DE KARL MARX NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA – UNIR
No dia 12 de junho de 2018, celebrou-se com vigor revolucionário a atualidade de Marx e seus continuadores na Conferência 200 Anos de Karl Marx: De Marx ao Marxismo na Universidade Federal de Rondônia (UNIR), campus de Porto Velho. O evento foi organizado pelo Grupo de Estudos e Pesquisas “História, Sociedade e Educação no Brasil” – HISTEDBR-UNIR e pelas organizações estudantis combativas que atuam nessa Universidade, tendo como expositora a Prof.ª Drª Marilsa Miranda de Souza. Na abertura do evento foi entoado com vigor o Hino do proletariado, A internacional e um estudante ativista do Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR) fez a abertura falando da importância de se comemorar os 200 anos do nascimento do grande Karl Marx.
Dezenas de estudantes, professores e ativistas organizados ouviram atentamente a palestra da professora que tratou da atualidade do Marxismo como a teoria científica mais avançada que se viu e se verá na Terra, pois ele desenvolveu a concepção materialista da natureza e da história. Ressaltou que o pensamento de Marx se desenvolveu, transformando-se em Marxismo, porque ele sempre esteve fundido na prática às lutas da classe operária; com perfeito manejo da Linha de Massas, o que permitiu a sistematização da ideologia do proletariado, poderoso instrumento teórico e prático para transformar o mundo. Ao apresentar a trajetória de Marx, a palestrante expôs que o Marxismo foi produto da luta de duas linhas que se deu na direção do movimento operário europeu e do Partido Comunista à época, em que Marx e Engels atuaram como fração vermelha derrotando as posições reformistas burguesas. Enfatizou-se que Marx desenvolveu a mais elevada compreensão que a tomada do poder só pode ocorrer por meio da violência revolucionária e da ditadura do proletariado e que essa concepção foi assimilada e aplicada por Lênin e Stálin na União Soviética e pelo Presidente Mao Tsetung na China.
A palestrante ressaltou que os aportes teóricos e práticos de Lênin, formou o Leninismo, como segunda e nova etapa do Marxismo, um divisor de águas entre comunistas e revisionistas na primeira metade do século XX e que hoje dispomos de uma terceira, nova e superior etapa do desenvolvimento do Marxismo que é o Maoísmo. Sob o marxismo-leninismo-maoísmo hoje se desenvolvem guerras populares em vários países do mundo como a Índia, Peru, Turquia e Filipinas. Foram apresentadas fotos da guerra popular nesses países como slides. Ao final da palestra ecoaram pelo auditório muitas palavras de ordem como: O povo prepara sua rebelião, se abre um novo tempo para a revolução!
Após a exposição houve um debate caloroso, com muitas perguntas e intervenções o que possibilitou que a palestrante tratasse de várias questões importantes em relação às experiências socialistas desenvolvidas na URSS e na China, pelo Presidente Mao Tsetung. Como não podia faltar num debate como esse, houve questionamentos e dúvidas em relação ao governo de Stálin, com respostas claras sobre as transformações sociais no socialismo, o papel dos contrarrevolucionários na URSS e na China e a luta contra o revisionismo. Uma estudante interviu perguntando sobre a questão feminina no socialismo que foi respondida com uma explanação sobre a origem da opressão feminina, com uma crítica dura ao feminismo burguês, sobre os avanços em torno da libertação da mulher nos países socialistas e sobre o papel destacado da mulher como metade da classe no processo revolucionário. Houve um retumbante grito de ordem: Para mulher se libertar de toda a opressão, só com a luta proletária e a revolução! Despertar a Fúria revolucionária da Mulher!
Na segunda parte do debate houve a discussão sobre a realidade do nosso país. A palestrante explicou sobre a origem da crise econômica, sobre a semifeudalidade e a questão agrária, os processos de dominação do imperialismo que saqueia todas as nossas riquezas, da possibilidade de uma intervenção militar contrarrevolucionária preventiva, já que as classes dominantes temem a rebelião popular e a Revolução de Nova Democracia. Novas palavras de ordem, acompanhadas de todo o público: Fascistas não passarão! E ainda: Eleição é farsa não muda nada não, organizar o povo para fazer revolução! A exposição encerrou-se com defesa da Revolução como única forma de tomada do poder pelo proletariado e demais classes exploradas, rechaçando a farsa eleitoral e o cretinismo parlamentar, e atentando para a necessidade da luta contra os revisionistas, seguindo o exemplo de Marx e de outros grandes líderes do proletariado ao longo da história. A agitação tomou conta do público que aclamou juntamente com os ativistas muitas palavras de ordem, dentre elas: Viva os 200 anos de Karl Marx!
O Comitê de Apoio do Jornal A Nova Democracia, além da intervenção em plenária sobre o papel da imprensa popular e democrática, organizou uma banca de venda de exemplares de edições anteriores e novas do jornal e também de materiais de propaganda revolucionária.