No final de março e início de abril, docentes da Universidade Federal de Rondônia (Unir) se mobilizaram intensamente pelo seu direito à progressão funcional, negado pela reitoria da universidade na atual gestão de Marcele Pereira. A anulação das progressões acarreta à categoria perdas salariais e até redução de salários.
Segundo denúncias dos docentes, a anulação da progressão dos profissionais foi realizada com base em notas técnicas expedidas pelos governos reacionários de Temer e Bolsonaro, descumprindo a Lei 12.722/2012, que diz respeito ao desenvolvimento no plano de cargos e carreiras para os professores universitários.
Conforme a Presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Rondônia, Seção Sindical do Andes-SN (Adunir-SSIND), Prof.ª Marilsa Miranda de Souza, “Essa é uma posição política e não jurídica, por parte da reitoria da Unir”, acrescentando que a reitora Marcele Pereira reconheceu publicamente que a Unir é a única universidade do país a anular progressões docentes, ao mesmo tempo que “usa de demagogia, para tentar se explicar e se eximir da culpa por ter prejudicado tantos professores nos últimos dois anos de sua gestão”.
Professores da Unir se mobilizam pelos seus direitos
No dia 31/03, ocorreu uma reunião entre a Adunir, a reitoria da Unir e o procurador federal em educação. Outra reunião já havia sido realizada entre a Adunir e o procurador em Brasília, em 22/03, para tratar do tema e pressionar a reitoria da Unir.
Já no dia 04/04, a Adunir solicitou através de ofício a participação de ao menos um professor da associação no grupo de trabalho responsável por fazer uma reanálise dos professores que foram prejudicados com a anulação da progressão.
Sem querer diálogo e ignorando qualquer participação dos professores, a Reitoria da Unir constituiu no mesmo dia o grupo de trabalho com oito servidores da Pró-Reitoria de Administração, e sem a participação dos professores prejudicados.
Sobre a continuidade da luta dos professores pelos seus direitos, a Adunir afirmou: “A Diretoria da Adunir segue pressionando a reitoria da Unir, uma vez que das tratativas apresentadas à Gestão de Marcele Pereira e Juliano Cedaro, estes não encaminharam nenhuma solução concreta, apenas tergiversam para se esquivar de sua responsabilidade que prejudica financeiramente os professores.”.