Através da proposição do Grupo de Estudos e Pesquisas “História, Sociedade e Educação no Brasil” (HISTEDBR/UNIR) ocorreu, na última sexta-feira, 3 de maio, o Seminário REFORMA OU DESTRUIÇÃO DA PREVIDÊNCIA PÚBLICA?, que teve como expositores/debatedores: a Enfermeira Mestre Simone Mendes Lima – ASFOC-SN – Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Fiocruz; o Prof. Dr. Tarcísio Luiz Leão e Souza, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas – IFAM e do SINASEFE/IFAM; e a prof. ª Drª Márcia Letícia Gomes, do Núcleo de Estudos Históricos e Literários – NEHLI/IFRO e do SINASEFE/IFRO.
Estiveram presentes dirigentes do Sindicato dos Servidores Públicos Federais – SINDSEF, do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios – SINTECT, ativistas da Frente Rondoniense em Defesa da Educação Pública, o Movimento Classista dos Trabalhadores em Educação – Moclate, a Executiva Rondoniense de Estudantes Secundaristas – EXROPe, o Movimento Estudantil Popular Revolucionário – MEPR, a Corrente Proletária da Educação – CPE, diversos docentes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia – IFRO, além de estudantes secundaristas e universitários.
A proposição do HISTEDBR-UNIR focou em instrumentalizar e apresentar outros elementos que possibilitassem levar aos mais diversos seguimentos os reais impactos com as mudanças na Previdência, bem como a perspectiva de construir espaços que contribuam para unificar as classes trabalhadoras diante dos atuais ataques aos direitos sociais, políticos e econômicos.
Na abertura do evento, os organizadores apresentaram uma síntese da situação política nacional e internacional, num contexto em que as “reformas” reacionárias antipovo foram lançadas e as políticas de ajuste do capital financeiro imperam. Indo além, o governo apresenta sua condição total de servilismo ao imperialismo e, no quadro atual, avança o golpe contrarrevolucionário preventivo no afã de conter a rebelião das massas populares.
Os debatedores apresentaram aos presentes os principais pontos do processo de desmonte da Previdência pública brasileira, desmascarando o discurso governista de que há um “déficit” na Previdência e denunciando os principais pontos que atacam a aposentaria dos mais pobres, como o aumento da idade mínima e aumento da contribuição previdenciária. Destacou-se ainda que a PEC 06/2019 segue a mesma lógica de outras medidas como a reforma trabalhista e a PEC dos gastos públicos, que já reduziram drasticamente direitos e o acesso aos mais pobres à saúde e educação.
Após a exposição inicial, o debate entre os presentes teve o tom de denúncia e de motivação de luta: a necessidade de se criar espaços de articulação e mobilização com as massas populares, os estudantes e as categorias organizadas.
Um ativista do MEPR conclamou a necessidade dos estudantes de organizarem grandes mobilizações denunciando a destruição da Previdência pública e os cortes no orçamento da Educação. “Querem privatizar a educação e nós não podemos permitir isso”, concluiu. A Frente Rondoniense em Defesa da Educação Pública propôs organizar uma grande campanha conclamando a Greve Geral. A Frente e outras entidades estão organizando um material de propaganda e mobilização. Há a iniciativa de realizar grande protesto em 15 de maio.