No dia 1 de outubro, estudantes da Universidade Federal de Rondônia organizados pelo Diretório Central dos Estudantes da UNIR (DCE/UNIR) realizaram uma combativa manifestação durante a realização do Fórum de Monitoramento do Restaurante Universitário do campus Porto Velho. A manifestação ocorreu após pessoas da universidade serem internadas com intoxicação alimentar.

O movimento se concentrou em frente ao restaurante universitário e realizaram uma oficina de cartazes, além de uma agitação convocando outros estudantes a participarem da reunião do Fórum de Monitoramento.  

No Fórum, os estudantes demonstraram à administração da Universidade seu caráter combativo e organizado. Embora a Pró-reitoria de Cultura, Extensão e Assuntos Estudantis tenha tentado de início conduzir o caminho da reunião, foi o movimento estudantil que a dirigiu em um recado claro de que não está sob tutela da burocracia universitária. Diversas denúncias e encaminhamentos foram realizados na reunião. 

Os estudantes expuseram através da apresentação de slides as irregularidades da oferta das refeições no Restaurante Universitário. Dentre as denúncias destacam-se pratos e talheres sujos, bandejas com mal cheiro, assim como as refeições de má qualidade, além de desrespeitos aos procedimentos operacionais padronizados que devem ser realizados para garantir higienização do local. 

Estudantes denunciam burocracia universitária e expõem fiscal de contrato

Além de denunciar o descumprimento de medidas sanitárias e a reposição de alimentos do restaurante, os estudantes expuseram o caráter burocrático da UNIR em colocar o lucro da empresa Pupo acima dos direitos da comunidade acadêmica.  

Uma estudante do curso de Letras explicou quanto ao pagamento à empresa. Contratualmente a empresa inicia o mês com 100 pontos e a cada penalidade identificada pelo fiscal do contrato – o diretor do campus de Porto Velho, Charles Dam – essa pontuação diminui e, portanto, diminui também o valor de repasse à mesma.

Contudo, o que tem ocorrido é que apesar das inúmeras denúncias, o fiscal não apontou nenhuma irregularidade em seu parecer, disponibilizando à empresa Pupo o valor integral do contrato. O mesmo fiscal foi convocado à reunião, mas não compareceu para prestar esclarecimentos.  

Entre os encaminhamentos, os estudantes decidiram que a Pró-reitoria deveria incluir o fiscal na relação de membros fixos do Fórum e alterar as reuniões do Fórum para reuniões semanais por tempo indeterminado. Foi exigida presença do fiscal Charles Dam e do Pró-reitor Daniel Delani já na próxima reunião. Em toda a votação, a Pró-reitoria teve de ir a reboque do movimento estudantil.