Conforme denunciado pelo Movimento Estudantil Revolucionário Popular (MEPR) em seu website, a revalidação do cartão do Sistema Integrado Municipal (SIM), que teve início em 16 de fevereiro em Porto Velho, causou transtornos entre pais e estudantes universitários e secundaristas, que precisaram lidar com a burocracia e estrutura precária da instituição.
Os usuários do cartão SIM se aglomeraram do lado de fora da sala de atendimento, em filas com espera de várias horas e quantidade insuficiente de senhas distribuídas, que ainda indicavam que a pessoa seria atendida apenas dias depois.
Como forma de indignação, estudantes realizaram um protesto e picharam ônibus da SIM no dia 28 de fevereiro.
Para realizar o procedimento de renovação era preciso levar o cartão e pagar uma taxa de R$ 5,80, medida aprovada de forma sorrateira pelos vereadores de Porto Velho ao fim de 2016 quando os estudantes já estavam de férias. A SIM também exigiu a apresentação de uma “carteirinha estudantil”, forçando quem não tivesse a comprá-las. De acordo com o MEPR, tratavam-se de filiações a “entidades estudantis” sem expressão e vinculadas à União Nacional dos Estudantes (UNE).
Contudo, pressionados pelos estudantes, os vereadores alteraram a lei 2375 durante sessão extraordinária da Câmara, retirando a obrigatoriedade da carteirinha estudantil no cadastro/renovação do cartão SIM.
“Só com a luta independente e combativa conseguimos vitórias. Foi justamente a mobilização estudantil, em meio a um grande clima de insatisfação popular, que deixou a SIM, vereadores e prefeito acuados, temendo manifestações e mais atos de revolta, e os forçou a retirar a obrigatoriedade das carteirinhas. O caminho democrático – caminho da luta classista, independente e combativa – é o caminho que nos conduz a vitórias, enquanto que o velho caminho burocrático – caminho oportunista, eleitoreiro e de passividade – só conduz os estudantes a derrotas e tem sido uma camisa de força para a luta estudantil”, afirma o MEPR na nota em seu website.