No dia 10 de março, como parte das celebrações pelo Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, foi realizado no auditório da Universidade Federal de Rondônia (Unir) em Porto Velho o seminário A luta de classes e a questão feminina na atualidade. O evento foi organizado pela Coordenação de Formação Política e Movimentos Sociais do Diretório Central dos Estudantes/Unir.
Participaram como membros da mesa de exposição representantes do Movimento Feminino Popular (MFP), DCE, estudantes indígenas e uma professora da Unir.
O auditório esteve lotado durante toda atividade e, ao final, foi distribuído certificado de participação aos presentes. Antes da abertura houve uma breve cena teatral Cotidiano-Mulher, promovida por Selma Pavanelli, do Teatro Ruante, com a temática do trabalho doméstico e a mulher trabalhadora que rendeu diversos aplausos do público, em sua maioria formado por mulheres.
As palestrantes abordaram diversos temas que rondam a questão feminina como violência contra as mulheres no campo e na cidade e as dificuldades para as mulheres que são mães para estudar e trabalhar.
As estudantes indígenas descreveram as problemáticas que os povos indígenas enfrentam, como diante das atividades acadêmicas que não consideram os aspectos mais importantes para os povos como a questão da demarcação de terras e o pouco retorno para as comunidades. Além disso também foi colocado a questão da violência contra as mulheres indígenas como consequência das demais violências de Estado, que oprimem os povos tradicionais.
A representante do MFP ressaltou a necessidade de as mulheres trabalhadoras se organizarem com os homens das classes populares e revolucionárias para enfrentar a exploração das classes dominantes e destruir a quarta montanha.
E a professora da universidade fez um breve histórico da origem da opressão feminina iniciada com o surgimento da propriedade privada, acrescentando as primeiras greves operárias dirigidas por mulheres, especialmente na Rússia, em 1917, que fundaram a data do 8 de março e finalizou apontando que a questão da mulher está diretamente ligada com a sociedade de classes.
Ao final os presentes puderam fazer questionamentos e comentários sobre o seminário que se seguiu até às 22h, encerrando com o chamamento a todos e todas de se organizarem na luta. O Comitê de Apoio AND distribuiu dezenas de jornais com destaque para o nº 207, que traz na capa o crime de Estado contra a vereadora Marielle Franco que rapidamente se esgotou na banquinha.
Auditório lotado para acompanhar o seminário. Comitê de Apoio ao AND de Porto Velho/RO
Banquinhas com edições do Jornal A Nova Democracia forma montadas durante o evento. Foto: Comitê de Apoio ao AND de Porto Velho/RO
Foto: Comitê de Apoio ao AND de Porto Velho/RO