Fotos: Comitê de Apoio ao Jornal A Nova Democracia – Porto Velho (RO)
Protesto trouxe a pauta da defesa da defesa da Educação Pública às ruas, se posicionando contra a “reforma” da Previdência e o programa “Future-se”.
Centenas de pessoas se concentraram na Praça das 3 Caixas D’água, em Porto Velho, Rondônia, na tarde de 13 de agosto, entre elas estudantes e professores da Universidade Federal de Rondônia (Unir) e do Instituto Federal de Rondônia (IFRO); professores da redes públicas estadual e municipal, pesquisadores da Fiocruz, aposentados e alguns dirigentes sindicais.
A convocatória da manifestação foi feita para mobilizar as categorias para denunciar o desmonte da Previdência pública e as medidas do governo de Bolsonaro e dos generais que visam atacar a Educação Pública brasileira, como os constantes cortes no orçamento público e com o anúncio do Programa “Future-se”. Tal programa prevê a privatização de Universidades e Institutos Federais, e obrigará as instituições públicas a firmar contratos de gestão com “organizações sociais” (OS), cujas atividades seriam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à cultura etc. Tais OS irão receber repasse de recursos orçamentários públicos, cessão de servidores e permissão de uso de bens públicos.
O ato concentrou-se a partir das 16h e tinha previsão de sair às 17h. Contudo, em virtude da posição vacilante da Frente Brasil Popular e do Levante Popular da Juventude/UNE – que defendiam que o ato se concentrasse apenas na praça para que se revezassem nos seus discursos de “Lula Livre”, contrariando a proposição de seguir o percurso tradicional dos protestos –, ativistas do Comando Estudantil de Luta em Defesa da Educação Pública (CELDEP) e da Executiva Estadual de Estudantes de Pedagogia (ExROPe) convocaram os presentes a seguirem em ato pelas ruas da cidade.
Atropelando a tentativa de impedir a manifestação, a juventude organizou seu bloco combativo, que foi acompanhado pela massa presente. No ato também se denunciou o desmonte do Sistema Único de Saúde (SUS), a privatização dos Correios e a entrega das riquezas da nação pelo fascista Bolsonaro. Pautas locais também foram inseridas, como o precário sistema de transporte coletivo em Porto Velho e a famigerada cobrança de taxas e aluguel de espaços públicos que tramita nos Conselhos Superiores da Unir.