Com informações da Comissão Pastoral da Terra (CPT)
Cerca de 35 famílias camponesas do Acampamento Conquista em Jacinópolis, distrito do municipío de Nova Mamoré em Rondônia, foram despejados no dia 26 de setembro. De acordo com relato enviado pelas famílias à Comissão Pastoral da Terra (CPT), a Agropecuária Rio Machado (antiga Condor) é a responsável pelo despejo.
O Acampamento Conquista era produto de uma vitoriosa ocupação de uma “área pública e improdutiva da Gleba Buritis”, existente desde o dia 20 de novembro de 2017, de acordo com a CPT. Os camponeses lá produziam uma série de alimentos como banana, mandioca e feijão, além de também possuírem criação bovina. O acampamento por quase um ano de luta era alvo de pistolagem chefiada por um indivíduo conhecido como “Sorriso”.
A decisão pelo despejo foi resultado de uma audiência para a qual os camponeses sequer foram convidados. Uma operação de guerra com cerca de 20 caminhonetes, atiradores de elite, policiais armados com fuzis e um helicóptero foi realizada para cumprir o despejo. A ação contou com a participação do 7º Batalhão da Polícia Militar de Ariquemes, Polícia Civil, Forças Especiais, Corpo de Bombeiros e da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia.
Os camponeses denunciam também que policiais humilharam e assediaram uma mulher camponesa. Após o despejo, os camponeses do Acampamento Conquista seguem sua luta ocupando um terreno às proximidades, afirma o relato enviado à CPT.