No dia 23 de setembro, três policiais militares (PM’s) à paisana, assassinaram dois homens e balearam um terceiro, em Abunã, distrito de Porto Velho, Rondônia (RO).
Os PM’s trajados como civis alegam que estavam de folga à serviço de uma engenheira florestal que declara ser “proprietária” de terras em Abunã e dizem ter ido até o local para conversar com quatro suspeitos de invasão. . Os policiais ainda afirmaram que ao perceberem que estavam em uma emboscada, iniciou-se o que eles relatam como troca de tiros.
Em companhia da suposta proprietária, os PM’s alvejaram os trabalhadores. Apesar da alegação de troca de tiros, a engenheira e os paramilitares não foram atingidos, nem mesmo marcas de tiros foram identificadas na viatura, mas os dois homens faleceram ainda no local, e um outro foi atingido na perna.
Segunda denúncia do portal Resistência Camponesa, a área é considerada de conflito agrário e tais policiais atuavam como pistoleiros a soldo do latifúndio, agindo com o mesmo modus operandi de sempre, referindo-se a assassinatos executados por militares à serviço do latifúndio.
Esta prática criminosa foi recentemente investigada pelo Ministério Público de Rondônia (MP-RO), que no dia 9 de agosto, durante a operação Soldado da Borracha, prendeu nove militares responsáveis por organizar uma facção criminosa que agia à serviço dos latifundiários da região. De acordo com a denúncia, os PM’s ameaçavam camponeses, queimavam residências, invadiam e roubavam terras, na zona rural de Rondônia, estes crimes foram noticiados por AND.
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