As eleições de 2020 foram o “mais do mesmo” que a população já observou há muito tempo: promessas e mais promessas, os que estão no gerenciamento de prefeituras e outras estruturas do velho Estado tratam de criar algumas obras (para tentar convencer o eleitor e ao mesmo tempo criar um caixa de campanha com as licitações fraudulentas); os velhos politiqueiros contratam as “formiguinhas” aproveitando-se da necessidade daqueles que estão desempregados e por aí vai. No centro do discurso o mesmo lenga lenga de sempre de dizer que será diferente dos outros. Cada um promete mundos e fundos pensando em quadruplicar o que gastou com a propaganda e compra de votos, apoderando-se das tetas gordas do Estado.
Porém o povo, cada vez mais cansado desse estado de coisas, aumenta a sua insatisfação não comparecendo as urnas, votando em branco ou anulando. Na capital Rondoniense, Porto Velho, além de inúmeras pichações – que conclamam o boicote as eleições por meio da consigna “ELEIÇÃO NÃO! REVOLUÇÃO SIM!”, assinada com a foice e o martelo, símbolo histórico dos comunistas – a população mais uma vez externou sua insatisfação: 47% dos aptos a votar não compareceram, votaram em branco ou anularam.
Se contarmos a grande quantidade de jovens que sequer não foi retirar o título, ou daqueles com títulos cancelados ou suspensos, pode-se dizer que esse número é bem maior e o rechaço foi grande num sistema em que o voto é obrigatório. Foram 113.282 cidadãos portovelhenses que simplesmente deram um basta a toda conversa fiada que chega à sua porta, pelas chamadas “redes sociais” e pelos monopólios de imprensa.
Os derrotados, ou os que disputam o gerenciamento local no segundo turno, se somados seus votos, não ultrapassam os adeptos do boicote. Também derrotados, os discursos de extrema-direita de políticos que se dizem herdeiros do fascista Bolsonaro foram rechaçados e ocuparam as últimas vagas desse trenzinho da alegria da enganação, somando suas candidaturas com 4,4% do eleitorado. Na mesma vala comum, encontra-se a pseudo esquerda eleitoreira oportunista, capitaneada pelo PT e seus satélites como PCdoB, PSOL, PSTU; que se somados seus votos não chegam ao ínfimo percentual de 4,1% do eleitorado.
No segundo turno, espera-se um rechaço maior, uma vez que os dois candidatos são farinha do mesmo saco e que durante quatro anos não se sabe onde estavam: se em Miami ou em outro lugar se escondendo do povo, para reaparecer apenas neste ano, prometendo mundos e fundos e a “salvação eterna”. O povo já não consegue mais aguentar a sociedade estruturada como está e mais e mais, têm se levantando em luta, pois só ela é que muda, o resto só ilude.