Desde o dia 11 de janeiro o transporte coletivo em Porto Velho está paralisado. Os trabalhadores do setor decidiram entram em greve após os sucessivos atrasos de pagamentos e benefícios. A greve entra no quarto dia sem previsão para retorno, pois os trabalhadores exigem no mínimo o pagamento do mês de dezembro para retornar as atividades.
O consórcio “Sim”, que detém a concessão via prefeitura, afirma não ter condições financeiras para cumprir suas obrigações, justificando a diminuição de passageiros que utilizam o transporte coletivo para causa.
A equipe do Comitê de Apoio ao AND constatou que 100% da frota não circula na capital desde as primeiras horas do dia 11. Em Candeias do Jamari, cidade vizinha, a greve de cobradores e motoristas encerrou-se nesse mesmo dia.
Este é o segundo ano consecutivo que inicia com greve dos trabalhadores no transporte coletivo e exatamente pelo mesmo motivo: não pagamento dos salários. No ano passado, os trabalhadores chegaram a decretar demissão coletiva.
Com as justificativas da empresa de não ter dinheiro para pagar os trabalhadores e os recentes aumentos nas tarifas em outras capitais, não está descartada a possibilidade de que haja aumento no preço da passagem em Porto Velho. O ambiente para tal ataque aos direitos do povo é propício pelas férias escolares, durante as quais os estudantes têm dificuldades de mobilização.
Greve no transporte público em Porto Velho por falta de pagamentos de salário. Foto: Comitê de Apoio – Porto Velho/RO