RS: Aumentam as tarifas de ônibus na Região Metropolitana de Porto Alegre

Enquanto as tarifas aumentam, a qualidade do serviço apenas piorou, não sendo incomum ônibus apresentarem defeitos e pararem no meio do caminho, atrasando milhares que têm que ir a Porto Alegre para a jornada de trabalho
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RS: Aumentam as tarifas de ônibus na Região Metropolitana de Porto Alegre

Enquanto as tarifas aumentam, a qualidade do serviço apenas piorou, não sendo incomum ônibus apresentarem defeitos e pararem no meio do caminho, atrasando milhares que têm que ir a Porto Alegre para a jornada de trabalho

Desde o dia 2 de fevereiro, as passagens dos ônibus comuns na região tiveram um aumento de 14,21% para as linhas de transporte metropolitano, já os semidiretos e executivos já haviam tido um aumento de 6,16% no mês de janeiro. A linha de Gravataí para Porto Alegre ficou em R$ 9,75 o comum e R$ 15,90 o semidireto. Para Viamão, a passagem ficou R$ 7,90 o comum e R$ 12,45 o semidireto. O aumento das passagens não é algo incomum, tendo ocorrido reajuste aumentando a tarifa ano após ano. Em 2023, o aumento foi de 6% nas linhas comuns e 24,09% para o semi direto.

A empresa alega que o aumento da passagem é devido ao fim de vários subsídios vindos do  governo federal e estadual, decorrido após as grandes enchentes de maio de 2024, além de culpar o aumento no preço dos combustíveis e a reposição salarial que teria supostamente aumentado, pois trabalhadores rodoviários decretaram greve no final de 2024 após atrasos de salários que chegaram até oito meses.

Enquanto as tarifas aumentam e pesam cada vez mais no bolso dos trabalhadores, a qualidade do serviço apenas piorou, não sendo incomum ônibus apresentarem defeitos e pararem no meio do caminho, atrasando milhares que têm que ir a Porto Alegre para a jornada de trabalho. Além disso, a ausência de ar condicionado e a superlotação durante os horários de pico, causada pela frota pequena, causa imenso desconforto às massas durante o trajeto.

O aumento das tarifas impacta principalmente os trabalhadores, já que uma parte significativa dos residentes das cidades ao entorno da capital vive em cidades dormitório – principalmente Alvorada e Esteio, mas também Gravataí e Canoas, tendo que pegar dois ou até mesmo três ônibus ao dia para poder chegar em seus respectivos serviços. Esse peso recai com força principalmente nos ombros do trabalhador informal, como empregadas domésticas, que, ao contrário dos trabalhadores de carteira assinada, não conseguem diminuir o peso desse custo com vales-transporte.

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