No dia 3 de setembro, uma professora da E.E.E.F Brasília, que fica na zona norte de Porto Alegre, foi presa em frente aos alunos após ser acusada de maltratar a filha de um policial, que é aluna da escola. A professora foi retirada da sala de aula e em seguida levada, de maneira coercitiva, para a viatura policial em frente a todos os alunos da escola.
A professora foi acusada, sem provas, de maltratar uma aluna filha de um policial militar. O pai e mais quatro policiais pertencentes a “Patrulha Escolar”, iniciativa do velho estado para colocar as forças de repressão dentro das escolas, entraram dentro da sala dos professores e interromperam a aula para levar a professora presa, sem informá-la do que se tratava a ação. Na delegacia, a professora foi posta em uma sala de espera e só aí foi informada do que se tratava a situação. Após uma hora, ela foi levada de volta à escola, pois o delegado “decidiu não me ouvir”, como informou ao jornal Sul21.
A escola manifestou repúdio à situação, com ambos diretor e coordenadora pedagógica registrando boletim de ocorrência contra os policiais. A professora se defendeu afirmando que sempre teve boa relação com os alunos desde que começou a dar aulas na escola em 2021.
A situação é clara, o policial, utilizando-se do cargo na corporação e se aproveitando da política anti povo de colocar policiais dentro de escolas, resolveu “dar uma lição” à professora. Não havia intenção de prender ou acusar, apenas de humilhar e causar constrangimento à professora em frente aos alunos. A iniciativa de realizar a prisão foi da própria “Patrulha Escolar”, como relatou a mãe da aluna também ao jornal Sul21.
Medidas como a da “Patrulha Escolar” são parte do pacote de ações anti-povo do velho estado, que quer manter seus cães de guarda o mais próximos possíveis da juventude e das escolas, palco de intensa luta de classes.