RS: Brigada Militar reprime Luta pela Terra em Candiota

Latifundiários e policiais militares reprimiram camponeses organizados no MST que tentavam realizar uma ocupação de terra em Candiota, na fronteira sudoeste do estado.

RS: Brigada Militar reprime Luta pela Terra em Candiota

Latifundiários e policiais militares reprimiram camponeses organizados no MST que tentavam realizar uma ocupação de terra em Candiota, na fronteira sudoeste do estado.

No dia 13 de junho, camponeses organizados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) ocuparam um latifúndio no interior do município de Candiota, que fica na fronteira sudoeste do Rio Grande do Sul, em uma localidade conhecida como “Corredor do Baú”. O grupo de camponeses invadiu o terreno e começou a erguer uma estrutura, porém foram reprimidos pela Brigada Militar, que expulsou os camponeses do local após despachar policiais fortemente armados para o lugar. Os camponeses teriam mostrado documentos que comprovaram o direito à posse da terra, porém foram barrados por uma liminar emitida pelo governo pró-latifúndio.

A região tem se tornado um palco de grande mobilização camponesa, em abril, camponeses foram cercados e ameaçados por brigadianos e latifundiários em Hulha Negra,

município vizinho de Candiota. Os senhorios e seus capachos cercaram camponeses acampados em frente a uma propriedade destinada à reforma agrária pelo Incra, para impedir a entrega às famílias. Em entrevista a Revista Oeste, o deputado ultra-reacionário Fernando Zucco (PL) disse sobre a tentativa frustrada de ocupação: “É lamentável que o produtor rural tenha que manter uma vigília para monitorar a ação de criminosos, por isso a importância de avançarmos com projetos que aumentam as penas para esse tipo de crime, como o projeto que aprovamos recentemente na Câmara e que agora está no Senado, que exclui os invasores do cadastro de beneficiários do Bolsa-Família.”

O guaxeba do latifúndio, que é presidente da “Frente Parlamentar Invasão Zero”, envolvida no assasinato da líder indigena Nega Pataxó, em janeiro, se refere ao projeto de lei PL 154/2023, aprovado no dia 4 de junho pela assembleia legislativa do estado, que prejudica quem luta pela terra e pela moradia impedindo “envolvidos” de receberem benefícios do governo e de terem cargos públicos. O quadro é muito claro, o velho estado se mobiliza para desenvolver e aprofundar sua violência reacionária contra o povo, principalmente contra o povo mobilizado e organizado na luta pela terra e pela moradia. A extrema-direita prepara um grande genocidio que o oportunismo do PT e demais siglas da falsa esquerda fingem não enxergar, frente a isso, os movimentos de luta pela terra devem a armarem as organizações de autodefesa da luta pela terra na mesma proporção e calibre, revidando a mesma altura todos os ataques e avançado na justíssima luta pela revolução agrária.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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