A comunidade ribeirinha da Praia do Paquetá, em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS), foi completamente tomada pela água após a cheia do Rio dos Sinos, no dia 4 de outubro. O rio superou a cota de inundação de 2,40 metros. A falta de estrutura na cidade possibilitou que a água invadisse as casas do povo, composto majoritariamente por pescadores e camponeses.
Os moradores da Praia do Paquetá relataram ao monopólio de imprensa que a situação das enchentes é frequente, a ponto de a maioria se recusar a sair de suas casas. O monopólio, porém, noticiou um quadro de “normalidade”.
Relativamente afastada do resto do município, a Praia do Paquetá está sendo continuamente atingida pelas chuvas desde o início do inverno. Em setembro, as chuvas que atingiram a região agravaram a situação de ruína da comunidade. A calamidade foi tanta que oss moradores foram obrigados a utilizar barcos para sair do local, perdendo suas casas, animais e pertences. A rede elétrica da comunidade, que havia sido cortada desde o dia 25/09, só foi restaurada no dia 04/10, dia em que uma nova chuva causou um novo alagamento. Paquetá é apenas uma das comunidades atingidas, os bairros Fazendinha, Prainha, Berto Círio e Rua da Barca também foram afetados.
De acordo com a prefeitura de Canoas, 255 famílias de comunidades ribeirinhas ainda são atingidas pela cheia do rio dos Sinos.