O comitê de apoio ao AND de Porto Alegre (RS) foi convidado a participar da atividade Mineração e seus impactos sociais, ambientais e na saúde das populações – Caminhos para a emancipação, organizado pelo Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM).
A atividade foi realizada em Porto Alegre, durante os dias 29 e 30 de novembro e 1 de dezembro. O evento contou com a presença de mais de cinquenta pessoas de diversas regiões afetadas pela mineração, assim como ativistas da Federação das Associações das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Rio Grande do Sul e do Comitê de Combate a Mega Mineração no Rio Grande Sul. Como parte da formação política dos participantes, foram distribuídos exemplares da edição 257 do AND para todos os participantes.
O foco principal foi no Rio Grande do Sul, que é cobiçado pela burguesia burocrática para se tornar a “fronteira mineral” do Brasil. Foi feito o depoimento de ativistas do MAM que atuavam em regiões de mineração, como em Candiota e São José do Norte, no extremo sul do estado, denunciando a exploração predatória do subsolo e os efeitos destrutivos nas economias camponesas já estabelecidas, que são expulsos de suas terras ou tem suas colheitas afetadas pelos subprodutos tóxicos da mineração que contaminam a água e o solo.
A atividade era centralizada na problematização da luta contra a mineração no Brasil, principalmente a mega mineração, obra do imperialismo que destroem milhares de hectares de terras, contaminam água e expulsam camponeses de suas terras. O povo brasileiro não vê nem um centavo extraído do subsolo, a sangria dos recursos minerais do país são para financiar armamento para guerras de rapina e gerar renda para os países imperialistas. A atividade também mostrou a luta do MAM para levar a pauta para o debate nacional e expor a violação da soberania nacional que é muitas vezes mascarada como sinal de “progresso” e “desenvolvimento” nacional.