No dia 14 de junho, o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) demitiu 13 funcionários terceirizados, ou seja 50% dos meteorologistas do instituto foram desligados. De acordo com um levantamento do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal de São Paulo, as demissões eliminaram 60% dos meteorologistas da instituição e metade dos funcionários que trabalhavam no serviço de comunicação do INMET. Os funcionários foram surpreendidos com um aviso no final de maio que teriam seus contratos encerrados no próximo mês. Em meio a um contexto de catástrofe climática, o Rio Grande do Sul conta com apenas dois meteorologistas que monitoram todo o estado, mas as demissões afetaram todo o país, no Rio de Janeiro, não há profissionais para o monitoramento.
Desde 2020, a verba para o instituto diminui 45%, de 29 milhões para 11 milhões em 2024, o que acompanha a tendência geral para o desmonte e sucateamento das instituições públicas. A meteorologia é parte vital do trabalho de prevenção e preparo contra catástrofes naturais, como enchentes e deslizamentos. O AND já denunciou que desde 2013, mais de 10 milhões de reais foram cortados da verba para a prevenção de desastres naturais.
Feito comVisme
Os acontecimentos em maio no Rio Grande do Sul, que mataram 175 pessoas, deixaram bem claro a quem o velho estado serve. O sucateamento dos serviços públicos, justificado pelo arcabouço fiscal do governo Lula, vem em contrapartida ao aumento exponencial e agressivo da militarização das forças armadas de repressão. Milhões para a polícia, exército, bancos, multinacionais estrangeiras e para os latifundiários, e nada para manter funcionando os serviços federais que servem a população.