No dia 16 de fevereiro, temporais causaram interrupções de energia, alagamentos, queda de árvores e diversos outros problemas exacerbados pela falta de políticas de infraestrutura, por toda a zona metropolitana de Porto Alegre. Na capital, o bairro Sarandi e a vila São Borja, em específico, foram alguns dos principais locais afetados. Diversos outros pontos da região metropolitana também sofreram com alagamentos.

A Escola Estadual de Ensino Fundamental Humaitá, localizada na Vila São Borja, no bairro Sarandi, teve suas aulas suspensas devido ao alagamento. A prefeitura de Porto Alegre se pronunciou dizendo que não pode realizar obras para melhorar o escoamento da água da região, pois toda a área seria fruto de ocupação irregular. Os bairros da zona norte têm um histórico de diversos problemas com a falta de políticas de escoamento para as águas que invadem as ruas. Em maio de 2024, foram os bairros mais afetados pelas grandes enchentes.

Em Cachoeirinha, diversos pontos nos bairros Marechal Rondon e Vista Alegre também foram atingidos pelas fortes chuvas, com a água invadindo as casas e causando prejuízo irreversível aos moradores. Os cortes de investimentos da prefeitura em infraestrutura contra as enchentes, em conjunto com o negacionismo das mudanças climáticas, são os verdadeiros culpados pelos desastres ambientais provocados pelas fortes chuvas nas cidades. Ao contrário, a prefeitura lacaia da especulação imobiliária nada faz frente à exploração oportunista com as vítimas das enchentes. Em Porto Alegre, bairros altos, em regiões onde a cheia não alcança, tiveram mais de 26% de aumento nos aluguéis, deixando o povo pobre para viver nas zonas de alagamento constantes.