Na manhã do dia 21, os docentes da Universidade Federal de Pelotas, através do Comando Local de Greve da ADUFPel, votaram em assembleia geral pela continuidade do movimento grevista. A decisão foi tomada em meio a mais uma tentativa de desmobilização do movimento feita pelo governo federal, rechaçando completamente a proposta de reajuste zero para 2024.
Essa posição também contraria aquela tomada pelo ANDES-SN, que decidiu por encerrar a greve no dia 23, mas vai de encontro com a de outras mobilizações pelo país, como a dos estudantes do campus de Diadema da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que decidiram ficar em greve.
Em matéria publicada pelo Sindicato dos Docentes, os professores declararam que a categoria não avançou em alguns aspectos e a proposta apresentada até agora não garante verbas necessárias para manutenção do funcionamento da maioria das universidades e institutos federais até o final deste ano.
Além disso, também não dá conta da recuperação nem mesmo das perdas históricas salariais. De acordo com o professor Luiz Henrique Shuch: “Um movimento que não recupera as perdas, é o 0% em 2024 e é uma mexida na carreira que mais desestrutura do que arruma”.