Na última terça-feira (11/2) familiares de presos que esperavam para o horário de visita protestaram em revolta contra as condições precárias de dentro do Presídio Estadual de Palmeira das Missões. No dia, uma divisão da Polícia Penal realizou uma operação para inspeção de ilícitos e dois detentos passaram mal devido ao calor intenso provocado pelas condições precárias dentro do presídio. Em resposta ao protesto dos familiares, a Brigada Militar apareceu para intimidar as famílias.
Casos de superlotação, condições insalubres, violência por parte dos carcereiros, torturas e privar os detentos de visitas familiares já foram denunciados pelo AND em diversas regiões do país e por diversos anos. Diferente das penitenciárias, os presídios abarcam detentos que ainda não foram julgados, onde 1 a cada 4 detentos está aguardando julgamento, do qual o tempo médio de espera por julgamento é de 1 ano, expondo trabalhadores sem um julgamento formal, à violência e à negação de seus direitos – 70% a 80% dos ex-detentos são reincidentes nos crimes, evidenciando que a criminalidade é introduzida a partir do contato com as casas prisionais, dificultando a reintegração do trabalhador à sociedade.