RS: Guardas Municipais espancam trabalhador já rendido em abordagem no município de Vacaria

Um jovem operário de 20 anos, que não teve a identidade revelada, foi espancado e pisoteado por guardas municipais após ser acusado de ignorar uma abordagem policial em Vacaria.
Foto: reprodução/GZH

RS: Guardas Municipais espancam trabalhador já rendido em abordagem no município de Vacaria

Um jovem operário de 20 anos, que não teve a identidade revelada, foi espancado e pisoteado por guardas municipais após ser acusado de ignorar uma abordagem policial em Vacaria.

Um operário serralheiro de 20 anos foi espancado por guardas municipais, mesmo rendido, após ser acusado de fugir de uma abordagem policial. A agressão ocorreu no dia nove de março por volta das 12h no município de Vacaria, ao nordeste do estado do Rio Grande do Sul. O jovem serralheiro de 20 anos – cuja identidade não foi  revelada – foi abordado pelos guardas municipais após supostamente desrespeitar uma ordem de parada e, em seguida, fugido, segundo familiares da vítima, em entrevista ao monopólio de imprensa G1. A motocicleta estaria com a documentação atrasada, mas nega a tentativa de fuga alegada pelos guardas municipais. O jovem alegou que estaria saindo da casa da avó, quando se deparou com o veículo da guarda municipal, logo retornando ao seu ponto de partida, quando foi baleado pelas costas por balas de borracha, descendo imediatamente da motocicleta, onde a abordagem se sucedeu de forma brutal e covarde.

Durante a abordagem da Guarda Municipal, o jovem logo se rendeu, descendo de sua motocicleta e se ajoelhando em frente à viatura, onde os guardas covardemente espancaram e pisotearam o jovem, inclusive – como mostrado em imagens de uma câmera de segurança – o mesmo chegou a desmaiar após sucessivos espancamentos dos guardas municipais. Recentemente, outro caso similar de violência desnecessária durante abordagem foi denunciado pelo AND, durante o policiamento ostensivo no carnaval na Cidade Baixa, em Porto Alegre, onde espancaram indiscriminadamente uma militante do grupo PCBR mesmo após gritos de “parem! estou rendida”, entoados pela vítima.

O operário procurou uma delegacia para registrar um boletim de ocorrência das agressões sofridas, iniciando um processo administrativo, onde os agressores foram afastados de atividades nas ruas, sendo realocados para outras atividades administrativas ou para outros postos. Um verdadeiro show de impunidade orquestrado pelo velho estado, que deixa impunes todos os que cometem crimes contra o povo, recentemente se destacando a soltura dos assassinos do operário João Alberto Silveira Freitas, que foi asfixiado até a morte em frente ao Carrefour.

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